Pedido de cassação do governador virou ação lógica
Cassar
mandato de governador se tornou algo absolutamente normal no país da
petrorroubalheira, principalmente quando se abusa do poder econômico
para ganhar a eleição e, ainda, proclama que fez campanha “pobre”.
Claro, com o objetivo de desviar a atenção para os gastos do dinheiro
público, que sai do bolso do contribuinte e é desviado para outra
finalidade.
Reeleito, o governador Ricardo Coutinho
(PSB) foi para sua diplomação carregando nos ombros o peso do pedido de
cassação do seu segundo mandato, também da vice-governadora Lídia
Feliciano; através de duas AIJEs (Ação de Investigação Judicial
Eleitoral), um recurso judicial chato de encarar porque é duradouro e
requer do demandado atenção permanente.
A ação tem como signatário o Ministério
Público Eleitoral, que verificou a existência de diversas
irregularidades durante o processo eleitoral de outubro passado. Como se
sabe, o então governador Cássio Cunha Lima (PSDB) foi cassado em 2009
por causa de R$ 7 milhões. No caso do “socialista” Ricardo ultrapassa as
cifras de R$ 22 milhões.
O Empreender Paraíba, programa do
governo do Estado, é citado na ação do MPE, também a contratação
indevida de servidores sem a realização de concurso público. Fazem parte
da demanda, além de Ricardo e sua vice Lígia, os auxiliares do Palácio
da Redenção Márcia Lucena (Educação), Waldson de Sousa (Saúde), Renato
Feliciano (Turismo) e Antônio Eduardo Balbino de Moraes Filho
(secretário Executivo do Empreender), cuja cópia da ação você ver
abaixo.
Outra ação pra lá de “cabeluda” tem como
autor o PSDB. Os advogados do tucanato apresentaram dados em que
mostram o governo realizando despesas de R$ 27.846.884,51 com
publicidade institucional, sendo que nos seis primeiros meses do ano
eleitoral realizou despesa de R$ 20.206.460,91. Esses números foram
extraídos do SIAFI, do Estado da Paraíba.
Não é preciso entender muito do serviço
público para concluir que o governo Ricardo Coutinho só poderia gastar
com comunicação R$ 15,6 milhões, “mas restou apurado nas contas públicas
que os gastos superaram os R$ 20 milhões apenas de janeiro a junho de
2014, o que comprova ilicitude num flagrante abuso de poder político e
econômico, levantamento que também pode ser acompanhado abaixo.
Pois bem. Foi uma diplomação pra lá de amarga.
Marcone Ferreira
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