Justiça vê irregularidades na campanha milionária de Ricardo
A
Justiça Eleitoral desconfiou das declarações do governador Ricardo
Coutinho (PSB), quando proclamou em entrevista após terminar o primeiro
turno das eleições de outubro que “fizemos a campanha mais pobre” da que
havia participado. A propósito, ninguém acreditou, até porque RC tinha
declarado ao TRE que gastaria R$ 22 milhões.
Pois bem, quando é agora o Tribunal
Regional Eleitoral aponta diversas irregularidades nas contas do então
candidato à reeleição Ricardo Coutinho. Ele tem um prazo de 72 horas
para fazer a correção, ou terá a prestação reprovada. Pior: se
acontecer, não poderá ser diplomado e, consequentemente, não tomará
posse.
Um dos relatórios, datado de 4 de
dezembro, contém as maiores irregularidades. O site do Jornal da
Paraíba, em matéria de destaque nesta segunda (8), revela doações
financeiras sem a identificação do doador originário declarado na
prestação de contas, “o que caracteriza o recurso como de origem não
identificada. É o caso de uma doação de R$ 475 mil, que aparece como
doador a direção nacional”.
Outra irregularidade é com relação a
quantidade de motorista registrados na prestação de contas, apenas 17. O
relatório destaca que “é incompatível incompatível com o número de
veículos locados junto aos fornecedores ‘Localiza Rent a Car’ (200
contratos) e ‘Mavi Locadora de Veículos Eireli ME’ (03 notas fiscais)”.
Aponta também que “não foram detectadas despesas ou doações estimáveis
referentes a serviços com pessoal de mobilização de rua (panfletagem,
adesivagens, bandeiras), situação incompatível com a dimensão da
campanha eleitoral”.
O governador tem 72 horas para
esclarecer as irregularidades, sobretudo acerca da locação de veículos,
aeronaves e imóveis, em cujos contratos prevêem prorrogação até o dia
26/10/2014, data do segundo turno.
Adverte a Justiça Eleitoral: “Assim, cabe ao candidato esclarecer a ocorrência”.
Marcone Ferreira
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