Gobira revela que “pedia comida e carona” para fazer campanha
“Aonde chegava pedia um prato de comida e as pessoas me davam”
O sapateiro e ex-candidato a
deputado federal nas eleições do último dia 05, Antônio Gobira, revelou,
nesta quinta-feira (23), que pedia comida e carona para poder fazer sua
campanha nas cidades do sertão paraibano. Mesmo com todas as
dificuldades, Gobira obteve mais 48 mil votos, sendo um dos candidatos
mais votados no pleito.
“Pedia carona e comida. Aonde chegava pedia um prato de comida e as pessoas me davam”, revelou.
O sapateiro declarou também que contou com a ajuda dos irmãos para
alimentar a família. “Minha esposa me ligava e dizia que não tinha o que
comer em casa, aí eu ligava para minha irmã e pedia para ela levar
comida para minha família”, declarou.
Afirmando ser extremamente pobre, o sapateiro declarou que vendeu três
caixas de fogos, que sobrou da campanha, para comprar comida para sua
família.
Gobira acrescentou que já visitou várias cidades em que fui votado para
agradecer o apoio dos eleitores e também admitiu que pode disputar a
prefeitura de Cajazeiras, seu principal reduto eleitoral, nas eleições
municipais de 2016, mas ressaltou que depende da vontade do povo. "Quem
vai decidir é o povo”, afirmou.
Ele também lamentou o fato de ter ido ao município de Sousa, onde tirou
cerca de cinco mil votos, apenas dois dias durante a campanha. “Se
tivesse passado pelo menos cinco dias teria tirado mais de 20 mil votos
na cidade e conseguido me eleger”, comentou Marcondes
Com relação às declarações do ex-senador Marcondes Gadelha, que tem em
Sousa sua principal base eleitoral, e lhe culpou pela derrota no
pleito, Gobira disse que Marcondes tem que respeitar o povo e entender
que ninguém é dono dos votos. “Ele tem que respeitar o povo, se ele não foi
eleito é porque o povo não queria. Ele todo dia bate em mim, mas eu não
respondo. A sorte dele é que eu só tive dois dias para andar em Sousa.
Se tivesse mais tempo, teria tirado muito mais votos”, enfatizou.
Cristiano Teixeira - MaisPB
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