Fantástico denuncia morte de paciente em Campina Grande por falta de maca
Fantástico denuncia morte de paciente em CG por falta de maca; secretário culpa o SAMU
A Paraíba voltou a ser manchete negativa na mídia nacional
neste domingo (10). O Fantástico, telejornal da Rede Globo levou ao ar
uma reportagem sobre a falta de macas nos hospitais públicos do Brasil.
Em uma reportagem estarrecedora o Fantástico, mostrou que na Paraíba, a
exemplo do que ocorre em outros estados do Brasil, o serviço de Saúde
Pública acaba deixando pessoas morrerem por falta de atendimento devido a
retenção de macas.
A matéria retratou o caos na saúde pública ao mostrou que mesmo com
equipes capacitadas e ambulâncias disponíveis, o socorro às vítimas
acaba sendo inviabilizado devido à ausência de macas.
Uma das cidades
citadas na reportagem foi Campina Grande. Uma equipe do Fantástico
mostrou o drama de paraibanos que precisam de atendimento do Samú mas
não conseguem ser socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma Dom
Luiz Gonzaga Fernandes por causa da falta dos equipamentos de
transportar pacientes nas ambulâncias. Segundo a reportagem, na maioria
das vezes as macas da ambulância ficam retidas no hospital,
impossibilitando a realização de novos socorros.
Em Campina Grande, o Fantástico encontrou um caso onde um homem morreu
devido ao fato de não ser socorrido, quando a maca estava retina no
Hospital de Trauma.
Hospital superlotado e macas de emergência usadas como leitos. Esse foi o
enfoque de toda a matéria que também mostrou a demora no atendimento e
agonia dos pacientes. O Fantástico mostrou que Em Campina Grande, o
Samu é coordenado pelo município sendo que o Hospital de Emergência e
Trauma é responsabilidade do governo do Estado.
O secretário Saúde do estado, Waldson Souza, afirmou que as macas ficam
presas, porque o Samu manda pacientes para lá que poderiam ir para
unidades mais simples e não avisa os médicos.
"Na medida em que você tem uma ambulância direcionada a qualquer serviço sem ter a regulação médica, sem preparar
o hospital, obviamente que essa ambulância, ela terá que esperar a
liberação da maca. Essa responsabilidade não pode ser do hospital, ela
não deve ser do hospital. É como se você tivesse preparado para receber
cinco pessoas na sua casa para almoçar e chegar 50", afirma o secretário
de Saúde da Paraíba, Waldson de Sousa.
O coordenador do serviço em Campina Grande rebateu as acusações do secretário.
"Eles acham que a gente sempre
coloca o paciente lá, o que não é uma verdade. Nós trabalhamos aqui com
uma grade de referência hospitalar. A gente tenta poupar a todo
momento, colocar paciente que pode ficar em outro hospital ao invés de
colocar lá no trauma", afirma o coordenador do Samu de Campina Grande,
Hermano Barbosa de Lima.
Na Paraíba, o assunto já foi parar no Ministério Público Estadual que
deu início às investigações sobre a retenção de macas no Hospital de
Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, de João Pessoa, gerenciado
pela organização social Cruz Vermelha.
O secretário de Saúde do estado, Waldson Souza, chegou a afirmar que a
denúncia tinha caráter eleitoreiro e anunciou que daria início à
regulação médica no Trauma.
PBAgora com Fantástico
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