segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A saúde na UTI

Fantástico denuncia morte de paciente em Campina Grande por falta de maca


Fantástico denuncia morte de paciente em CG por falta de maca
Fantástico denuncia morte de paciente em CG por falta de maca; secretário culpa o SAMU

A Paraíba voltou a ser manchete negativa na mídia nacional neste domingo (10). O Fantástico, telejornal da Rede Globo levou ao ar uma reportagem sobre a falta de macas nos hospitais públicos do Brasil. Em uma reportagem estarrecedora o Fantástico, mostrou que na Paraíba, a exemplo do que ocorre em outros estados do Brasil, o serviço de Saúde Pública acaba deixando pessoas morrerem por falta de atendimento devido a retenção de macas. A matéria retratou o caos na saúde pública ao mostrou que mesmo com equipes capacitadas e ambulâncias disponíveis, o socorro às vítimas acaba sendo inviabilizado devido à ausência de macas.

Uma das cidades citadas na reportagem foi Campina Grande. Uma equipe do Fantástico mostrou o drama de paraibanos que precisam de atendimento do Samú mas não conseguem ser socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes por causa da falta dos equipamentos de transportar pacientes nas ambulâncias. Segundo a reportagem, na maioria das vezes as macas da ambulância ficam retidas no hospital, impossibilitando a realização de novos socorros. Em Campina Grande, o Fantástico encontrou um caso onde um homem morreu devido ao fato de não ser socorrido, quando a maca estava retina no Hospital de Trauma.

Hospital superlotado e macas de emergência usadas como leitos. Esse foi o enfoque de toda a matéria que também mostrou a demora no atendimento e agonia dos pacientes.  O Fantástico mostrou que Em Campina Grande, o Samu é coordenado pelo município sendo que o Hospital de Emergência e Trauma é responsabilidade do governo do Estado.

O secretário Saúde do estado, Waldson Souza, afirmou que as macas ficam presas, porque o Samu manda pacientes para lá que poderiam ir para unidades mais simples e não avisa os médicos.

"Na medida em que você tem uma ambulância direcionada a qualquer serviço sem ter a regulação médica, sem preparar o hospital, obviamente que essa ambulância, ela terá que esperar a liberação da maca. Essa responsabilidade não pode ser do hospital, ela não deve ser do hospital. É como se você tivesse preparado para receber cinco pessoas na sua casa para almoçar e chegar 50", afirma o secretário de Saúde da Paraíba, Waldson de Sousa.

O coordenador do serviço em Campina Grande rebateu as acusações do secretário.

"Eles acham que a gente sempre coloca o paciente lá, o que não é uma verdade. Nós trabalhamos aqui com uma grade de referência hospitalar. A gente tenta poupar a todo momento, colocar paciente que pode ficar em outro hospital ao invés de colocar lá no trauma", afirma o coordenador do Samu de Campina Grande, Hermano Barbosa de Lima.

Na Paraíba, o assunto já foi parar no Ministério Público Estadual que deu início às investigações sobre a retenção de macas no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, de João Pessoa, gerenciado pela organização social Cruz Vermelha. O secretário de Saúde do estado, Waldson Souza, chegou a afirmar que a denúncia tinha caráter eleitoreiro e anunciou que daria início à regulação médica no Trauma.

PBAgora com Fantástico

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