O algoz de Neymar
Neymar perdoa Zúñiga: 'Não sinto rancor nem ódio'
Atacante perdoou Zúñiga e revelou que o colombiano o ligou pedindo desculpas
Neymar proporcionou nesta quinta-feira, em
Teresópolis, o momento mais bonito dos quase 50 dias em que a seleção
brasileira vai ficar reunido para a disputa da Copa do Mundo.
Escalado de surpresa para a entrevista
coletiva no dia em que voltou à concentração, após quatro dias em casa
se recuperando da fratura na vértebra que o tirou do Mundial, ele se
emocionou e emocionou. Começando por não crucificar o jogador que
abreviou sua participação no torneio que sempre sonhou jogar: o
colombiano Zúñiga.
"Eu o perdoaria. Não sinto rancor, não sinto ódio. Me ligou,
me pediu desculpas, que não queria me machucar, falou um bocado de
coisas leagis. Não sinto ódio, desejo
que tenha sucesso na carreria. Tudo de melhor para ele", falou Neymar,
mesmo depois de admitir que o lateral foi desleal na falta em que
quebrou sua vértebra.
"Muitos falam que sou cai cai. Não ligo para isso. Mas quando estou
de frente, tenho visão periférica, consigo me defender. De costas, não
posso. A único coisa que me defende de costas é a regra", explicou o
jogador, que foi às lagrimas ao falar do que passou pela sua cabeça
depois de ir ao chão no gramado do Castelão.
"Deus me abençou. Dois centímetros para dentro e poderia estar de
cadeira de roda. Num momento tão importante da carreira", falou o
jogador do Barcelona.
Na entrevista, que durou mais de 30 minutos, o astro não fez como
seus chefes, Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, que
exaltaram a performance da seleção apesar da queda nas semifinais com
uma derrota de 7 a 1 para a Alemanha.
"Não mostramos futebol de seleção brasileira, demonstramos
futebol regular. Futebol de seleção brasileira é superior, que encanta a
todos", falou Neymar, que não disse textualmente que Felipão deve
permanecer no cargo, mas defendendo a continuidade do trabalho.
"Nós brasileiros, principalmente a imprensa, tem uma mania pouco
errada de quando se perde tem que mudar. Mudar jogadores, treinadores.
Futebol não é assim, aprendi.
Quando se perde tem que corrigir, trabalhando. É mais importante do que mudar alguma coisa."
Ainda mostrou generosidade com os amigos, independente da rivalidade
entre brasileiros e argentinos. "Claro que você para para pensar. Um
brasileiro torcendo para argentina. Estou torcendo para meus
companheiros [Messi e Mascherano, no Barcelona. Messi era umjogador que
tinha como espelho, como ídolo. Passei a admirar como pessoa. Vendo que
nos treinos ele é mais especial. Sou Messi Futebol Clube. Torço por ele.
Desejo toda sorte a ele e Mascherano. Dois grandes companheiros", disse
sobre a final de domingo entre alemães e argentinos, no Maracanã.
ESPN Brasil
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