PF deflagra operação para desbaratar esquema de pirâmide
Sócio da empresa é candidato a deputado federal no Espírito Santo
A Justiça Federal no Espírito
Santo mandou suspender as atividades econômicas da Ympactus Comercial,
empresa detentora da TelexFree no Brasil, e proibiu os sócios da empresa
de deixar o país. Nesta quinta-feira, eles foram alvo da Operação
Orion, da Polícia Federal (PF), deflagrada para cumprir nove mandados de
busca e apreensão em locais vinculados à empresa e seus sócios na
região metropolitana de Vitória. Os donos da Ympactus também tiveram os
bens sequestrados e as contas bancárias bloqueadas.
Um dos donos da TelexFree no Brasil, o empresário Carlos Roberto Costa
(PRP) é candidato a deputado federal no Espírito Santo. Costa é um dos
investigados pela PF por crimes financeiros e contra a economia popular.
Assim como os demais proprietários da Ympactus, ele terá de se
apresentar mensalmente à 1ª Vara Federal Criminal de Vitória, onde o
processo tramita. A medida cautelar é uma alternativa à prisão.
Segundo a PF, os responsáveis pela empresa devem responder por formação
de "cadeias" ou "pirâmides financeiras", crime descrito na lei como
"obtenção de ganhos ilícitos em detrimento do povo, mediante
especulações ou processos fraudulentos", cuja pena pode chegar a dois
anos de prisão. Eles ainda poderão ser processados por dois crimes
contra o sistema financeiro: operação de instituição financeira com
autorização falsa ou sem autorização (cuja pena pode chegar a quatro
anos de cadeia) e emissão de títulos ou valores mobiliários falsos, sem
registro prévio, sem lastro suficiente ou sem autorização legal – a pena
para tais práticas varia de dois a oito anos de detenção.
Ao todo, cinquenta policiais federais e dezoito auditores da Receita Federal participaram da operação.
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