Suspeito de chefiar venda ilegal de ingressos de jogos da Copa se entrega no Rio de Janeiro
Responsáveis
pela operação Jules Rimet, policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira)
informaram que o CEO da Match, Raymond Whelan, que estava foragido desde
a quinta-feira da semana passada, se entregou no início da tarde desta
segunda-feira à desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, que na
semana passada havia concedido o habeas corpus que libertou o inglês após sua primeira prisão no Rio.
Segundo os policiais, a desembargadora entrou em contato com o delegado
responsável pela investigação, Fábio Barucke, e solicitou que policiais
fossem até o local para buscá-lo. Ele deve ser encaminhado à Cidade da
Polícia, no Jacaré, na zona norte do Rio, e depois ao Complexo
Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
O escritório do advogado de Whelan, Fernando Fernandes, confirmou que o
CEO da Match se entregou nesta tarde. "O executivo Raymond Whelan está
na carceragem do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ele acabou de se
apresentar à desembargadora Rosita Maria de Oliveira Netto, da 6ª
Câmara Criminal, relatora do processo contra ele", informou.
"Whelan estava acompanhado de seu advogado Fernando Fernandes, para quem
disse, ao se apresentar, que `enfim, poderei iniciar minha defesa
criminal`", concluiu a nota divulgada pelo escritório do advogado de
Whelan.
Whelan, que é o diretor executivo da empresa parceira da Fifa, é acusado
de ser o chefe de um esquema que vendia de forma ilegal ingressos de
partidas da Copa do Mundo. O dirigente era considerado foragido desde a
última quarta-feira, quando foi decretada a sua prisão preventiva.
Depois disso, Whelan deixou o hotel onde estava hospedado no Rio pelas
portas dos fundos. Assim, quando a polícia chegou ao local para detê-lo,
não o encontrou. Foragido, tentou obter a sua liberdade através de um
habeas corpus enquanto estava livre, mas não teve êxito. Agora, acabou
se entregando.
Jornal do Commércio
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