Bernardo tentou ligar para amiga antes de morrer, revela investigação
Quebra do sigilo telefônico pode comprometer pai do menino
A quebra do sigilo telefônico
de Bernardo Boldrini pode comprometer o pai do menino, assassinado pela
madrasta há um mês no Rio Grande do Sul. O inquérito policial, ao qual o
jornalismo da Band teve acesso, mostra que Bernardo tentou ligar para
uma amiga da família antes do crime.

Os investigadores também descobriram que antes de voltar a Três Passos,
no norte gaúcho, a madrasta Graciele Ugulini dispensou a babá mais cedo
por telefone, para evitar ser vista chegando em casa sem o menino.
Naquela noite, de 4 de abril, ela inventou que o garoto tinha ido dormir
na casa de um colega, Lucas, que aparece em um vídeo brincando com
Bernardo.
Foi na noite do crime que o pai começou a ter atitudes suspeitas.
Leandro Boldrini, médico que passava a maior parte do dia trabalhando e
longe do filho, ligou quatro vezes para Bernardo naquele final de
semana. A Band teve acesso aos horários das chamadas.
Na sexta, a ligação foi às 21h25. No sábado, às 18h30 e, no domingo,
mais duas tentativas. Segundo o pai, o celular estava fora de área.
Estranhamente, Leandro nunca cogitou ligar para a casa do amigo onde o
filho estaria.
Os delegados escrevem no inquérito que está provado que Leandro era um
pai omisso, que nunca ligava ou averiguava onde estava o menino. Dizem,
ainda, que o médico falou para Lori, uma ex-empregada, e Simone, mãe do
amigo Lucas, que Bernardo tinha deixado o celular em casa. Até agora, o
aparelho do garoto não foi localizado.
Além do comportamento suspeito, a frieza de Leandro ao saber do
assassinato do filho chamou a atenção da polícia. No último depoimento,
Leandro tentou se explicar e disse que quando soube que Bernardo estava
morto, não reagiu porque estava sob efeito de um medicamento que costuma
tomar.
A polícia promete encerrar o inquérito na semana que vem e garante que
vai indiciar os três suspeitos, que seguem presos provisoriamente.
Edelvânia e Graciele já confessaram e inocentaram o pai, que também diz
não ter culpa de nada. Os delegados dão a entender, porém, que mantêm em
segredo alguma evidência contundente, uma carta na manga mantida em
sigilo que pode incriminar o pai.
Uol
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