BYE BYE: desafeto de Ricardo Coutinho anuncia desistência da vida pública e se mostra decepcionado com a política

Abrindo o coração e depois de ter tentando concorrer a vários cargos sem sucesso, Barreto disse que existe uma verdadeira deterioração da vida pública:
“Você vê sequelas extremamente graves em todas as áreas: Judiciário,
Legislativo e Executivo e fica muito difícil de conviver com tudo isso e
com os que foram eleitos, os bons e os ruins, pois há uma predominância
maciça da má qualidade que guarda uma estreita relação com a opção da
população e é difícil conviver com isso”, desabafou.
Segundo
Barreto a vida político-partidária é complicada daí a decisão de não
mais disputar mandatos: “O partido político, não tem nenhuma base
ideológica, nenhuma base politica, não tem um projeto para a sociedade e
para entrar num partido político tem que se ter a disponibilidade de
recursos materiais, leiamos recursos financeiros e a legislação
é extremamente restritiva quanto à aplicação de recursos de terceiros,
mas na prática isso não existe: onde as candidaturas estão vinculadas as
correntes financeiras que lhe dispõe”, refletiu, acrescentando que: “O
cidadão que entra na politica que tendo ou não tendo dinheiro, joga o
que não tem, ele só tem uma forma de recuperar: roubando”, disse.
Ao ser questionado pelo PB Agora se havia
cansado da política, o professor foi enfático: “Eu não tenho mais
projeto eleitoral, a politica sempre tenho que estar convivendo, faço
politica em sala de aula e com as pessoas que convivo e não podemos
abdicar da política, agora projeto eleitoral não me interessa mais”,
pontuou.
Em tom de despedida, Francisco Barreto fez um desabafo dizendo que os
políticos são eleitos com propósitos e depois modificam radicalmente
quando chegam ao posto desejado.
“Quando as pessoas entram no poder, não tem clareza do que são e do que
não querem ser e o poder engole: o Governo engole o governador, a
Prefeitura engole o prefeito e as pessoas deixam de caminhar
politicamente para servir ao poder”, encerrou, revelando que continuará
dando aulas na Universidade Federal da Paraíba na área de Economia e que está produzindo dois livros: um voltado para o cotidiano e outro com enfoque na politica na Ditadura.
“Professor é feito vela: se acaba em pé!”, brincou.
Henrique Lima
PB Agora
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