Barcelona é indiciado por crimes fiscais ocorridos na contratação de Neymar
Ministério
Público da Espanha alega que o clube deixou de pagar mais de 9 milhões
de euros quando não declarou todos os contratos com o brasileiro
Por Redação, com Estadão
A
polêmica envolvendo o jogador brasileiro Neymar e supostos crimes
fiscais cometidos pelo Barcelona parece estar longe de ser superada.
Nesta quinta-feira (20), o juiz Pablo Ruz acatou a denúncia do
Ministério Público da Espanha e determinou que o clube seja indiciado.
De
acordo com o órgão, o clube deixou de pagar mais de 9 milhões de euros
em impostos quando não declarou todos os contratos com o camisa 10 da
seleção brasileira. Após analisar o pedido feito pelo Ministério
Público, o juiz entendeu que ‘os presentes indícios são suficientes para
abrir investigação’.
Somente o ex-presidente do Barcelona,
Sandro Rosell, responsável pela contratação de Neymar, estava sendo
diretamente investigado pelo caso até então. Ele renunciou ao cargo
justamente por causa dessa polêmica na transferência do jogador, mas a
promotoria entende que o clube, como pessoa jurídica, também pode ser
responsabilizado pela suposta evasão e o argumento foi aceito pelo juiz.
A
contratação de Neymar foi oficializada em maio do ano passado, mas o
pai do atacante e a própria diretoria do time confirmaram que atleta e
clube já haviam realizado um acerto preliminar em 2011, quando o
Barcelona teria pago adiantamento de 10 milhões de euros ao ídolo
santista. O valor pago funcionou como espécie de garantia de que o
Barcelona teria preferência quando o vínculo entre Neymar e Santos
chegasse ao fim.
Nessa quarta-feira (19), o Barcelona divulgou
um comunicado para apresentar sua defesa preliminar no caso, garantindo
que agiu "dentro da lei" com as obrigações fiscais na contratação do
brasileiro. O clube também prometeu que estará totalmente disposto a
colaborar com a Justiça, "como esteve desde o primeiro momento ou em
qualquer outro em que seja requisitada a sua intervenção".
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