O
presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, virou
alvo de ataques ontem durante ato de desagravo do PT aos presos do
mensalão.
Parlamentares e parentes dos réus se uniram para criticar o
ministro, que foi relator do julgamento do maior escândalo do governo
Lula.
Os ataques foram iniciados por Joana Saragoça, 24, filha do
ex-ministro José Dirceu (Casa Civil). Ela mirou o STF e foi muito
aplaudida ao defender o pai.
"O que se viu foi uma série de violações conduzidas pelo ministro
Joaquim Barbosa para manter de pé a tese do mensalão, uma história mal
contada e sem provas", disse ela. "Meu pai está preso injustamente por
ter lutado para fazer do Brasil um país melhor. Todos sabemos que o
julgamento foi marcado pela exceção", acrescentou.
O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que aguarda em liberdade o
julgamento de seu último recurso, desafiou Barbosa. Ele voltou a
contestar a condenação pela prática de peculato (desvio de dinheiro
público por servidor).
"O que eu tenho pedido é o seguinte: Diga, ministro Joaquim Barbosa, o
que foi que eu desviei. Ele não diz. Sabe por que ele não diz? Porque
não tem", disse Cunha.
O presidente do PT, Rui Falcão, assistiu aos ataques ao STF sem se
manifestar.
(Folha de S.Paulo - Bernardo de Mello Franco e Mariana Haubert)
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