segunda-feira, 16 de setembro de 2013

14 de Setembro: Dia do Frevo

Frevo

Dentre as diversas manifestações culturais de pernambuco sem dúvida o Frevo se destaca. Porque quando o Frevo toca não tem outra, a multidão toma conta das ruas do Recife. Até a década de 30, o Frevo sofreu profundas influências do dobrado e das marchas militares e, ainda, da modinha e do maxixe. tornando um gênero musical bem característico com o incremento de figuras melódicas e rítmicas que ao longo do tempo trouxeram maestros como Nelson Ferreira, Capiba, e recentemente José Menezes, Duda e outros.

Vejamos os três tipos de frevo: frevo-de-rua, de caráter instrumental e andamento vivo, executado por orquestra de metais e palhetes; frevo-de-bloco, de andamento mais moderado, executado por orquestra denominada de pau-e-corda ou seja de instrumento de sopro-flauta e palhetas- mais cordas ( violões, bandolins, cavalos e banjos ), cujas letras são cantadas por um coral feminino e, finalmente, o frevo-canção, também de andamento vivo, com introdução e acompanhamento orquestral, tal como o frevo de rua,, tendo porém o apoio de uma letra, interpretada por cantor ou por cantora, acompanhado de coro misto.

A sombrinha é um dos elementos coreográficos mais importantes da carnaval de pernambuco.Durante o carnaval as ruas do Recife e Olinda são invadidas por lindas sombrinhas coloridas e o verdadeiro passista, aquele que realmente "cai no passo", sempre a carregará consigo. Mas o que é a sombrinha? O que ela significa? Algumas hipóteses foram aventadas para explicar a sua origem.

Uma delas está relacionadas a fenômenos climáticos naturais, chuva e sol.

Outra hipótese sustenta que a sombrinha seria o translado para o frevo do guarda chuva do Bumba-Meu-Boi ou do pálio do Maracatu.

Relata-se também que a sombrinha era utilizada como porta alimentos, já que foram vistos guardas-chuvas com comida presa em suas haste central.

Uma outra hipótese, a mais atraente, admite ser a sombrinha uma contrafação para sua explicação e defesa temos que nos transporta ao século passado e até mais profundamente, nos primórdios da escravidão no Brasil. Em meados do século XIX, em pernambuco surgiram as primeiras bandas de múcicas maciais, executando dobrados, machas e polcas. Essas bandas desfilavam pelo centro de Recife e duas delas, a Quarto Batalhão de Artilharia, conhecida como regente um espanhol, parece ter sido as dias primeiras bandas de destaque da cidade. Estes agrupamentos musicais militares eram acompanhados por grupos de capoeiristas que dançavam e lutavam, os quais se tornaram fiéis as bandas que acompanhavam, além de rivais entre si. Afora a rivalidade entre os grupos, havia também a luta contra o dominador português, muitas vezes atingidos pelos golpes dos capoeiristas, acompanhados de suas armas como a faca o punhal ou um pedaço de madeira. Pela desordem que provocaram, os capoeiristas foram proibidos de desfilar.

Por essa mesma época, surgiram os primeiros clubes de carnaval de Pernambuco, entre eles o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas (1889) e o C.C.M. Lenhadores (1897), formados por trabalhadores, cada um possuindo a sua banda de música. Ora, os capoeiristas necessitavam de um disfarce para acompanha as bandas, agora dos clubes, já que eram perseguidos pela polícia. Assim, modificaram seus golpes acompanhando a música, originando tempos depois o "passo" (a dança do Frevo) e trocando suas antigas armas pelos símbolos dos clubes que, no caso dos Vassourinhas e Lenhadores, eram constituídos por pedaços de madeira encimados por uma pequena vassoura ou um pequeno machado, usados como enfeites. A madeira era usada como arma. A música também sofreu transformações e, lentamente, provavelmente para acompanhar os passos ou golpes dissimulados dos capoeiristas, deu origem ao mais extasiante ritmo do carnaval pernambucano, denominado frevo pelo povo, por corruptela do verbo ferver. A sombrinha teria sido utilizada como arma pelos capoeiristas, à semelhança dos símbolos dos clubes e de outros objetos como a bengala. De início, era o guarda-chuvas comum, geralmente velho e esfarrapado, hoje estilizado, pequeno para facilitar a dança, e colorido para embelezar a coreografia. Atualmente a sombrinha é o ornamento que mais caracteriza o passista e é um dos principais símbolos do carnaval de Pernambuco e do Brasil.


Fonte: br.oocities.com

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