A partir do alto à esq., em sentido horário: Reginaldo Vieira de Abreu, Guilherme Marques de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, Ailton Barros, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, Giancarlo Gomes Rodrigues e Ângelo Martins Denicoli Imagem: Arte/UOL
A partir do alto à esq., em sentido horário: Reginaldo Vieira de Abreu, Guilherme Marques de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, Ailton Barros, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, Giancarlo Gomes Rodrigues e Ângelo Martins Denicoli Imagem: Arte/UOL

Por quatro votos a um, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nessa segunda-feira (20), os sete réus do chamado núcleo 4 da trama golpista, acusado de produzir e disseminar fake news contra as urnas eletrônicas nas eleições de 2022.

O ministro Luiz Fux foi o único voto divergente, defendendo a absolvição de todos os réus. Para ele, os episódios narrados na denúncia seriam menos graves e não haveria provas suficientes para enquadrar os acusados nos crimes apontados pelo Ministério Público Federal.

O relator Alexandre de Moraes abriu o julgamento e votou pela condenação de seis dos sete acusados por cinco crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Tentativa de golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino acompanharam integralmente o voto de Moraes, formando a maioria necessária — como a Primeira Turma tem cinco ministros, três votos bastam para definir o resultado.

Após a confirmação das condenações, o STF deve iniciar a fase de dosimetria das penas, que vai definir o tempo de prisão e as punições específicas de cada condenado.