segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Diaba Loira: a traficante e influencer do crime que morreu em guerra de facções

Mãe de dois filhos, Eweline largou a vida pacata com a família em Santa Catarina para tornar-se membro de duas facções no Rio de Janeiro

Eweline Passos Rodrigues acumulava mais de 70 mil seguidores nas redes sociais, onde ostentava dinheiro e armas

A Diaba Loira acumulava mais de 70 mil seguidores nas redes sociais, onde ostentava armas e dinheiro e publicava reflexões -  (crédito: Reprodução / Instagram)
A Diaba Loira acumulava mais de 70 mil seguidores nas redes sociais, onde ostentava armas e dinheiro e publicava reflexões - (crédito: Reprodução / Instagram) - X

Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, foi encontrada morta na última quinta-feira (14/08), em Cascadura, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Conhecida pela alcunha de "Diaba Loira", a criminosa passou pelo Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro (TCP), e a principal suspeita é que tenha sido assassinada durante confrontos entre as duas facções criminosas.

A Diaba Loira acumulava mais de 70 mil seguidores nas redes sociais, onde ostentava armas e dinheiro e publicava reflexões: "Não me entrego viva, só saio no caixão", escreveu em uma postagem.

Natural de Santa Catarina, a mulher levava uma vida pacata até alguns anos atrás. Casada e mãe de dois filhos, ela morava com a família no município de Tubarão (SC) e trabalhava como cobradora interna e alfaiate.

A trajetória dela começou a mudar em 2022, quando foi vítima de uma tentativa de feminicídio. O companheiro a atingiu com uma faca no pulmão e ela precisou passar por uma cirurgia de emergência. De acordo com o homem, o motivo do crime foi que Eweline o teria traído e roubado dinheiro dele — o que ela negava. 

Depois do episódio, ela mergulhou no mundo do crime e foi presa duas vezes, investigada por participação em uma facção criminosa, porte ilegal de arma e tráfico de drogas. Mesmo com tornozeleira eletrônica, conseguiu fugir para o Rio de Janeiro.

Na capital carioca, entrou para o Comando Vermelho (CV) e começou a carreira de traficante e influencer do crime. Nesse momento começou a fama como "Diaba Loira". Além de publicar fotos em "missões" e ostentar armas de fogo, a mulher foi filmada em uma troca de tiros com policiais e ganhou mais notoriedade na internet. 

      Foi por meio das redes sociais que ela anunciou a mudança de grupo criminoso. Ao declarar apoio ao TCP, tornou-se alvo de ameaças da antiga facção. Em publicações, afirmava não ter medo de ser morta por traficantes rivais. 

      Em julho, a Polícia Civil divulgou um cartaz oferecendo recompensa por informações sobre o paradeiro da Diaba Loira, que estava foragida.

      Mulher era procurada pela polícia
      A Diaba Loira ostentava a vida criminosa nas redes sociais - (foto: Reprodução/Redes sociais)

      A mulher só foi encontrada na última semana, sem vida e enrolada em um lençol. O assassinato ocorreu durante um período de confrontos diários entre o CV e o TCP no Morro do Fubá, área dominada pela facção rival de Eweline. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso.

      Correio Braziliense

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