Em redes sociais, Gleisi Hoffman alertou que a derrubada do IOF levará a mais contingenciamentos e cortes no Orçamento, afetando, inclusive, as emendas parlamentares
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, voltou a criticar nesta quarta-feira (25/06) a derrubada do decreto presidencial que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), pautada para hoje pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Segundo Gleisi, derrubar o decreto levará a mais bloqueios e contingenciamentos no orçamento federal, afetando, inclusive, o pagamento de emendas parlamentares. A inclusão da medida na ordem do dia da Câmara pegou o governo federal de surpresa.
“A derrubada dessa medida exigiria novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento, prejudicando programas sociais e investimentos importantes para o país, afetando inclusive a execução das emendas parlamentares”, escreveu Gleisi em suas redes sociais.
A ministra defendeu que o ajuste no IOF foi necessário para cumprir o arcabouço fiscal, aprovado pelo Congresso Nacional. Também ressaltou que o governo federal se dispôs a negociar com os parlamentares e que já retirou parte dos ajustes que estavam no texto original do decreto.
“É hora de pensar primeiro no país, que precisa continuar crescendo e buscando justiça social e tributária”, concluiu Gleisi.
Anúncio pegou governo de surpresa
Hugo Motta anunciou ontem (24), nas redes sociais, que pautaria a derrubada do decreto. A publicação ocorreu perto da meia-noite. O Planalto esperava ter mais tempo para negociar e tentar manter as novas alíquotas do IOF, mas foi pego de surpresa pela decisão do presidente da Câmara dos Deputados.
Na semana passada, a Câmara aprovou o requerimento de urgência para a matéria, e Motta se comprometeu a não pautar a proposta no mesmo dia — demanda feita pela oposição. Desde então, o governo federal acelerou a liberação de emendas parlamentares e o esforço de articulação para tentar evitar a derrubada.
Integrantes do governo estimam que, sem o aumento do IOF, o Executivo terá que cortar ao menos mais R$ 7 bilhões do orçamento somente em 2025.
Correio Braziliense
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