Após 7 horas, corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, é resgatado de vulcão na Indonésia
Juliana foi encontrada sem vida a 600 metros abaixo da trilha, quatro dias após cair de um penhasco no segundo maior vulcão do país.

O
corpo da brasileira Juliana Marins foi resgatado nesta quarta-feira
(25) no Monte Rinjani, na Indonésia, após mais de sete horas de trabalho
das equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas).
Juliana, de 26 anos, foi encontrada sem vida a 600 metros abaixo da trilha, quatro dias após cair de um penhasco no segundo maior vulcão do país. As informações foram confirmadas pelo chefe da Basarnas, Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i.
Resgate difícil
O
resgate, que envolveu três equipes, foi dificultado pelas condições
adversas do terreno, neblina intensa e mudanças rápidas de temperatura.
Parte do trajeto foi registrada por um montanhista que ajudou na
operação. Segundo as autoridades, o corpo foi levado ao posto de
Sembalun em uma maca e, posteriormente, transportado de helicóptero para
o Hospital Policial Bhayangkara, em Nusa Tenggara Ocidental, onde
passará por exames para determinar a causa da morte e o dia aproximado
do falecimento.
As buscas enfrentaram diversos desafios, incluindo falhas em equipamentos e relatos desencontrados passados à família.
Quem era Juliana Marins?
Juliana
Marins era natural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de
Janeiro. Publicitária formada pela UFRJ, ela trabalhava com marketing e
audiovisual, tendo passagens por empresas do Grupo Globo e outros
projetos na indústria criativa. Apaixonada por viagens, estava fazendo
um mochilão pela Ásia desde fevereiro, com registros de sua jornada
pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia. Nas redes sociais, também
compartilhava experiências de trilhas, mergulhos e outras atividades ao
ar livre.
Homenagem do pai: "Pedaço tirado de mim"
A
morte de Juliana causou grande comoção nacional. Seu pai, Manoel
Marins, desembarcou em Bali para acompanhar os trâmites de liberação do
corpo. Ele fez uma homenagem à filha em suas redes sociais,
compartilhando a letra de uma música de Chico Buarque. A perda também
chamou atenção para os riscos associados à região: nos
últimos cinco anos, o parque nacional onde está localizado o Monte
Rinjani registrou 190 acidentes, com oito mortes e 180 pessoas feridas.
Repatriação do corpo
A repatriação do corpo será coordenada pelas autoridades locais e pela família, conforme informou o chefe da Basarnas. "Após
a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de
repatriação ou procedimentos posteriores ficarão a cargo das autoridades
e da família", disse Syafi’i em entrevista a uma televisão indonésia. Ainda não há previsão para o retorno do corpo ao Brasil.

© Getty Images
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