Situação tende a se estender, porque as chuva devem atrasar, com chance de intensificação da seca em toda a região central e no Norte do país, segundo o Cemaden
Ainda que os dados de 2024 cheguem até a abril, os baixos níveis de chuva e o estresse na vegetação, fator de risco também para incêndios, mostram que o Brasil está num caminho de anos cada vez mais secos, segundo o instituto.
O índice usado pelo Cemaden é o Índice de Precipitação Padronizado de Evapotranspiração (SPEI, na sigla em inglês), calculado a partir da quantidade de chuva que cai e da quantidade de água liberada em evaporação e transpiração das plantas.
Entre 0 e -1, segundo a pesquisadora Ana Paula Cunha, especialista do Cemaden em secas, a situação é considerada abaixo da média. Abaixo de -1, o índice representa um patamar de seca mais intensa. Dessa forma, o país está na situação desde outubro de 2023, e atingiu -1,94, o pior indicador da série histórica, em março deste ano.
Ainda, ela afirma que os dados depois de abril de 2024 devem continuar na baixa, já que correspondem ao início do período de estiagem.
Já o boletim de monitoramento de secas de agosto, publicado pelo Cemaden na terça´feira (03), aponta que 3.978 municípios brasileiros estavam em algum nível de seca, com 201 deles na situação extrema, a pior registrada. O estado com a maior parte deles era São Paulo (82), seguido por Minas Gerais (52) e Mato Grosso (24).
O número, segundo previsão do centro, pode chegar a 4.583 neste mês. O índice integrado de secas do instituto considera o déficits de chuva e umidade do solo e a secura na vegetação.
A situação tende a se estender, porque as chuva devem atrasar, com chance de intensificação da seca em toda a região central e no Norte do país, segundo o centro. Nas últimas 24 horas, segundo o Serviço Geológico do Brasil, o nível do rio Negro em Manaus caiu 25 cm, assim como o do Solimões em Manacapuru (AM).
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