quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Altas temperaturas e ausência de chuvas gera cenário alarmante

Três municípios na Paraíba têm umidade menor ou igual à do deserto do Saara; combinação de altas temperaturas e ausência de chuvas tem gerado um cenário alarmante

Uma onda de calor excepcional, aliada à pior seca dos últimos anos, tem assolado o Brasil, levando a umidade do ar a níveis críticos em diversas regiões do país. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), pelo menos 244 municípios brasileiros, incluindo três na Paraíba, registraram índices de umidade relativa do ar inferiores ou iguais aos do deserto do Saara na última terça-feira (03).

A combinação de altas temperaturas e ausência de chuvas tem gerado um cenário alarmante, com consequências para a saúde da população e para o meio ambiente. Na Paraíba, o distrito de São Gonçalo (16%), em Sousa; Itaporanga (18%) e Patos (20%) foram os mais afetados, apresentando índices de umidade ainda mais baixos que algumas regiões do deserto africano.

“A situação é crítica e exige atenção de todos nós”, alerta Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo. “A baixa umidade do ar aumenta o risco de doenças respiratórias e agrava problemas como a proliferação de incêndios florestais”, acrescenta.

Calor extremo e seca prolongada

O mês de setembro, que marca o fim do inverno no hemisfério sul, começou com temperaturas recordes em diversas regiões brasileiras. No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os termômetros chegaram a marcar 40°C, enquanto em partes de São Paulo e Minas Gerais, os valores ultrapassaram os 39°C.

A falta de chuvas prolongada, que já dura mais de cem dias em algumas localidades, agravou ainda mais a situação, levando à evaporação da umidade do solo e do ar. “É como se o Brasil estivesse vivendo um deserto”, compara Luengo.

Impactos para a saúde e o meio ambiente

A baixa umidade do ar pode causar diversos problemas de saúde, como irritação nas vias respiratórias, ressecamento da pele e olhos, e aumento do risco de doenças como asma e bronquite. Além disso, o calor excessivo e a seca prolongada podem levar à diminuição da produção agrícola, à escassez de água e ao aumento de incêndios florestais.

Medidas de prevenção

Diante desse cenário, as autoridades recomendam que a população tome algumas medidas para se proteger dos efeitos do calor e da baixa umidade do ar, como:

  • Beba bastante água (cerca de dois litros por dia ou 10 copos de água de 200 ml). Ela hidrata todos os órgãos, inclusive pele e mucosa.
  • Se puder, tenha um umidificador de ar em casa. Você também pode colocar uma bacia com água no ambiente ou uma toalha umedecida para minimizar os efeitos do ar seco, do ar poluído.
  • Hidrate bem as mucosas com soro fisiológico – pelo menos duas vezes ao dia.
  • Lave os olhos com soro fisiológico ou com colírio de lágrima artificial.
  • Cuidado com bebidas alcoólicas. Elas podem refrescar, mas também desidratam.
  • Mantenha a casa limpa, evitando o acúmulo de poeira.
  • Evite praticar exercícios físicos das 11h às 17h.
  • Proteja-se ao máximo do sol e evite o ressecamento das mucosas e pele.
Blog JURU EM DESTAQUE com Paraíba Já

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