Saiba quem é Gabriel Galípolo, indicado oficialmente como presidente do Banco Central; o anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda nesta quarta-feira (28)
O secretário executivo indicado para o Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, durante coletiva no CCBB • Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou oficialmente a indicação do governo de Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central. O economista ocupa atualmente o cargo de diretor de política monetária na autarquia.
Em rápido encontro no Palácio do Planalto, antes do comunicado oficial sobre a indicação para o comando do Banco Central, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao escolhido para “servir bem o país”.
Segundo relatos feitos à CNN por participantes da reunião, Lula ainda pediu para Galípolo ser “o melhor que puder ser”.
Aos 42 anos, Gabriel Muricca Galípolo é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). pós-graduação em política econômica pela PUC-SP Em seu currículo, consta também a fundação, em 2009, da Galípolo Consultoria, da qual foi sócio-diretor até 2022. Entre 2017 e 2021 foi presidente do Banco Fator.
Em 2023, antes de ser indicado ao seu atual cargo de diretor de política monetária no Banco Central, Galípolo era o número 2 do Ministério da Fazenda como secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
Professor do MBA de PPPs e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP) em parceria com a London School of Economics and Political Science, Galípolo também é membro dos conselhos Superior de Economia e de Infraestrutura, ambos da FIESP.
Além de ser Pesquisador Sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI).
De 2006 a 2012, ele atuou como professor da graduação da PUC-SP em disciplinas como Economia Brasileira Contemporânea; Macroeconomia; Economia para Relações Internacionais; Introdução à Ciência Política, História do Pensamento Econômico, Economia Política, entre outras.
Começou na máquina pública em 2007, no governo de José Serra (PSDB) em São Paulo, chefiando a Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos, e em 2008 foi diretor da Unidade de Estruturação de Projetos e PPPs da Secretaria de Economia e Planejamento do estado de São Paulo.
Entrada no governo Lula
Segundo interlocutores, ele defendeu, nos debates internos com a equipe de transição de governo, uma PEC reduzida — algo em torno de R$ 130 bilhões —, com valores claramente definidos sobre quanto seria destinado para cada área.
Foi entusiasta de um modelo que cria uma regra que controla o gasto, mas com espaço para que o valor evolua além da inflação, limitado ao crescimento do PIB para não aumentar o tamanho do estado na economia.
No passado, o economista trabalhou na Secretaria Estadual de Economia e Planejamento de São Paulo, na época em que José Serra era governador do estado. É próximo também de Luiz Gonzaga Beluzzo, um dos economistas mais afinados ao PT.
Com Luiz Gonzaga Beluzzo, Galípolo escreveu três livros: “Dinheiro: o Poder da Abstração Real”, “A Escassez na Abundância Capitalista” e “Manda Quem Pode, Obedece Quem tem Prejuízo”.
Galípolo se aproximou de Lula em 2021 após ter participado de uma live com o então ex-presidente, da qual participaram também outros integrantes do mercado financeiro.
Segundo fontes do PT, na ocasião, Lula gostou de ouvir dele que nem todo o mercado era contrário a ele e alinhado ideologicamente ao então presidente, Jair Bolsonaro, mas que os profissionais que atuam nesse meio querem fazer negócios, independentemente da linha política do ocupante do palácio do Planalto.
No final de 2021, Lula convidou Galípolo para participar do Natal dos Catadores. Já no palco, anunciou que havia levado um banqueiro para conhecer os catadores de São Paulo.
Blog JURU EM DESTAQUE com CNN Brasil - Marien Ramos
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