Militares fazem Pix para o ex-presidente Jair Bolsonaro e perdem cargos no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI)
Militares do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) estão entre os doadores que fizeram Pix para o ex-presidente Jair Bolsonaro, durante a campanha que angariou cerca de R$ 17 milhões.
Seus nomes chegaram recentemente ao conhecimento de gente graúda do governo Lula. Depois disso, os militares simpáticos a Bolsonaro perderam os cargos no GSI e foram devolvidos aos seus respectivos quartéis.
Procurado, o Gabinete de Segurança Institucional preferiu não se manifestar sobre o assunto. As transferências via Pix tiveram início após aliados de Bolsonaro iniciarem uma vaquinha, nas redes sociais, com pretexto de ajudá-lo a pagar multas e outras despesas decorrentes de processos judiciais.
O GSI ganhou os holofotes após as depredações do 8 de Janeiro. A cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontou que a equipe do general Gonçalves Dias, então chefe do GSI e homem de confiança de Lula, teria facilitado o acesso dos invasores ao Palácio do Planalto.
Lula exonerou G. Dias, e o ministro Alexandre de Moraes (STF) incluiu o militar no rol de investigados, em inquérito ainda em andamento. O governo, porém, minimiza a responsabilidade do general e, nos bastidores, atribui a falha a integrantes do GSI que, críticos do presidente, teriam sabotado o esquema de segurança.
A estrutura do GSI
O Gabinete de Segurança Institucional é um dos órgãos que integram a Presidência da República e é responsável pela assistência direta ao presidente no desempenho de suas atribuições, especialmente quanto a assuntos militares e de segurança. A estrutura é composta majoritariamente por militares, mas também há civis nomeados.
O GSI zela pela segurança pessoal do presidente e do vice-presidente, dos seus familiares, quando solicitado pela respectiva autoridade, e pela segurança dos palácios presidenciais e das residências oficiais. Além disso, quando determinado pelo presidente, zela pela segurança de outras autoridades federais.
O órgão planeja e coordena eventos em que haja a presença do presidente da república no Brasil, em articulação com o gabinete pessoal do presidente, e no exterior, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores, bem como os deslocamentos presidenciais no país e no exterior.
O GSI acompanha questões com potencial de risco, prevenindo crises e articulando seu gerenciamento, em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional. O órgão planeja, coordena e supervisiona a atividade de segurança da informação na administração pública federal, incluindo segurança cibernética.
E atua, ainda, na gestão de incidentes computacionais, proteção de dados, credenciamento de segurança e tratamento de informações sigilosas.
Além disso, coordena as atividades do Programa Nuclear Brasileiro e do Programa Espacial Brasileiro, acompanha assuntos relacionados ao terrorismo e às ações destinadas à sua prevenção e neutralização, além de temas pertinentes às infraestruturas críticas, com prioridade às avaliações de riscos.
Fonte: Paraíba Já com Metrópoles
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