Militares tentam dar golpe de Estado na Bolívia, diz governo do país; tropas entraram no palácio do governo à força, segundo imprensa boliviana
O presidente e o general tiveram uma discussão dentro do palácio, cercados por militares. Arce pediu ao general que se retirasse. Zuñiga se recusou, segundo o jornal La Razón, saiu do palácio e não respondeu o que iria fazer. Por volta das 18h, as tropas seguiam na praça Murillo, perto da sede do governo.
Enquanto a crise se desenrolava, várias autoridades do governo vieram a público denunciar a tentativa de golpe. "Denunciamos que há um golpe de Estado contra nosso governo democraticamente eleito", publicou David Choquehuanca, vice-presidente da Bolívia, em uma rede social.
Por volta das 17h40 (hora de Brasília), Arce divulgou um vídeo, ao lado de seus ministros, em que pede que a população apoie o governo e se posicione contra o golpe.
Algumas lideranças do país, como chefes de centrais sindicais e o ex-presidente Carlos Mesa, se posicionaram contra a tentativa de golpe e em defesa de Arce.
Cenas de mobilização militar na Bolívia
Na rede social X, Evo Morales denunciou que um "golpe de Estado está se formando". "Neste momento, pessoal das Forças Armadas e tanques estão posicionados na Plaza Murillo. Convocaram uma reunião de emergência no Estado-Maior do Exército, em Miraflores, às 15h, em uniformes de combate."
Pouco após a movimentação iniciar, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, condenou os acontecimentos por meio de uma postagem no X.
"O Exército deve submeter-se ao poder civil legitimamente eleito. Enviamos nossa solidariedade ao presidente da Bolivia, Luis Arce Catacora, ao seu governo e a todo o povo boliviano. A comunidade internacional, a OEA e a secretaria-geral não tolerarão qualquer violação da ordem constitucional legítima na Bolívia ou em qualquer outro lugar."
Veja o vídeo:
*Em atualização
Fonte: Exame com Agência O Globo - Rafael Balago e Mateus Omena
Nenhum comentário:
Postar um comentário