Cristãos revivem a paixão, morte e ressurreição de Jesus, em jornada de fé e reflexão rumo à Páscoa
Para os católicos, o tríduo começa na Quinta-Feira com a Missa do Lava Pés e da Ceia do Senhor. A Celebração marca a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Pela manhã, os bispos de todas as dioceses se reúnem com os padres na chamada Missa da Crisma ou dos santos óleos que são usados nos sacramentos do Crisma, Batismo e Unção dos Enfermos.
À noite, a Igreja celebra a Ceia do Senhor em alusão à Última Ceia quando Jesus Cristo se reuniu com os 12 discípulos, antes da crucificação para celebrar a Páscoa. Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, os cristãos fazem memória da última ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.
O evangelho será sempre o escrito por João 13,1-15, que fala de Jesus Cristo, que lava os pés dos apóstolos. “Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). E Jesus lava os pés dos onze que estão com ele. Este texto nos convida a refletir sobre o sentido da Eucaristia, do sacerdócio e do amor fraterno.
A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
“E, tomando um pão, havendo dado graças, o partiu e o serviu aos discípulos, recomendando: “Isto é o meu corpo oferecido em favor de vós; fazei isto em memória de mim”. 20Da mesma maneira, depois de cear, pegou o cálice, explicando: “Este cálice significa a nova aliança no meu sangue, derramado por vós”. (Lucas 22, 18,20).
A Sexta-feira Santa
Segundo a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado.
Na Bíblia, o livro do Êxodo no segundo no Antigo Testamento, é tradicionalmente atribuído a Moisés. Relata o período da escravidão dos hebreus, a saída do povo do Egito e a peregrinação rumo a Canaã, a chamada Terra Prometida. O texto é recheado de passagens que contam o sofrimento do povo sob o jugo egípcio.
A Páscoa cristã surgiu a partir de uma celebração que acontece entre os judeus, chamada pessach que significa a passagem, em hebraico. Na tradição judaica, a Páscoa acontece a partir do momento em que os israelitas se libertam da escravidão dos egípcios por volta de 1.300. Para os judeus, a Páscoa portanto, significa a passagem da escravidão para a liberdade, materializada na travessia do Mar Vermelho.
O túmulo vazio. O memorial da Páscoa recebe um sentido novo no Novo testamento. Para os cristãos, a Páscoa celebra a ressurreição de Jesus, e a vitória da vida sobre a morte.
Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “desde os primórdios da Igreja celebrou-se o mistério da Páscoa cristã, pelo seu valor fundamental e salvífico relacionado à vida cristã”. O fato era que no coração da Páscoa, comemoram os cristãos o mistério da redenção humana, mediante a morte e ressurreição do Senhor Jesus. Pela Páscoa, a Igreja celebra a passagem da morte do Senhor para a vida divina.
A data da Páscoa muda todos os anos devido a um cálculo baseado nas fases da Lua e tradições eclesiásticas. Ao contrário de outras festas cristãs, como o Natal, que é celebrado na mesma data todos os anos, a Páscoa é uma festa móvel que pode cair em datas diferentes a cada ano.
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