sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Adiar a segunda-feira ou ‘sextar’ mais cedo?

Vinte empresas brasileiras testam semana de quatro dias de trabalho a partir deste mês de setembro

Vinte empresas brasileiras vão participar de um experimento sobre a semana de 4 dias de trabalho a partir de setembro. Nesta primeira fase, o modelo vai avaliar as estratégias das empresas para se adaptarem diante da nova carga horária (confira lista completa abaixo).

Será que elas vão liberar os funcionários para “sextar” mais cedo? Ou o ideal é começar a semana mais tarde, na terça-feira? E se a folga for na manhã de segunda e na tarde de sexta?

Durante os três meses primeiros meses do experimento, as empresas vão continuar na semana de 5 dias até definirem sua estratégia, comunicar os clientes e outras possíveis organizações que serão impactadas.

A redução para a semana de 4 dias começa em seguida, em dezembro ou janeiro. Veja como vai funcionar:

  • A jornada será reduzida, mas o salário é o mesmo;
  • A iniciativa deve durar até 9 meses e será dividida em 2 etapas: planejamento (3 meses) e execução (6 meses);
  • A primeira fase do projeto-piloto vai envolver pelo menos 400 funcionários de áreas como saúde, escritórios, varejo, entre outros.

A iniciativa, que começou em 2019 na Nova Zelândia, ganhou força na pandemia, e é conduzida pela ONG britânica 4 Day Week Global e pela brasileira Reconnect Happiness at Work. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) será responsável por avaliar de forma qualitativa o processo no Brasil.

A equipe, que atua com pesquisadores da Universidade de Cambridge, da Boston College e do grupo independente de pesquisas Autonomy, já passou por empresas do Reino Unido, Austrália, Estados Unidos, Islândia, Portugal, entre outros países.

Segundo Paul Ferreira, professor de Estratégia e Liderança da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP), para se adaptarem à nova jornada, as empresas terão que redefinir as tarefas de acordo com o tempo disponibilizado.

“Será preciso identificar em cada uma das áreas como é possível ganhar tempo e isso ser economicamente viável para adaptar as novas rotinas”, explica.

Fonte: G1

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