sexta-feira, 13 de maio de 2022

Superstições e lendas sobre a Sexta Feira, 13

Por que a data "sexta-feira, 13" é considerada um dia de azar?

Crédito: Divulgação
Pôster da franquia Sexta-Feira 13, com o vilão Jason Voorhees em destaque - (Crédito: Divulgação)

Embora seja uma data comum e possa ocorrer até três vezes em um mesmo ano, as superstições e lendas sobre essa data ainda persistem.

Em 2022, essa coincidência entre o dia 13 do mês e a sexta-feira na semana vai ocorrer apenas nesta sexta-feira.

As superstições em relação ao número 13 e à sexta-feira são tão difundidos que existem até termos para a fobia em relação ao número e à data: a triscaidefobia, ou o medo excessivo do número 13, enquanto a fobia em relação à sexta-feira 13 é chamada de parascavedecatriafobia.

Mas por que essa data é tão significativa e quais os motivos por trás dessa superstição?

Existem diversos relatos, alguns remontando a séculos.

Na mitologia nórdica, por exemplo, o mito está relacionado a uma história lendária: 12 deuses estavam realizando um jantar em Valhalla (a morada dos deuses, segundo a mitologia nórdica) e uma 13ª divindade, Loki, decidiu participar do jantar, apesar de não ter sido convidado.

Durante o evento, ele teria convencido Höðr a atirar uma espécie de flecha feita de visco em Balder, que acabou morrendo por conta disso. Segundo a mitologia, o mundo teria então escurecido e nesse dia acabaram ocorrendo infortúnios generalizados, passando o número 13 a ser associado a azar e falta de sorte.

Também no cristianismo existem associações com o número 13.

Jesus e seus 12 discípulos acabam somando o número, e o fato de ele ter sido enganado por um deles, Judas Iscariote, também remete ao 13, associado ao traidor que teria beijado Jesus, delatado sua localização por dinheiro e e depois se enforcado, segundo a tradição cristã.

Já as relações com a sexta-feira começam, segundo alguns historiadores, no século XIX.

Na biografia de Gioachino Rossini, grande compositor erudito italiano morto em 1868, o biógrafo inglês Henry Sutherland Edwards diz que sua morte ocorreu em uma sexta-feira 13 e que o falecido músico, assim como muitos italianos, associava tanto a sexta-feira como o número 13 ao azar.

O fato de ele acabar morrendo em uma data que fez coincidir ambos os símbolos daquela difundida superstição, portanto, acabou se tornando um aspecto notável para o biógrafo.

Além disso, livros como “Friday, the Thirteenth” (de 1907), de Thomas W. Lawsom, também ajudaram a popularizar a superstição em torno da sexta-feira, 13.

Outro exemplo é o filme “Sexta Feira, 13” de 1980, que narra a história de um serial killer chamado Jason Voorhees que aterroriza um acampamento matando diversas pessoas. Apesar de ser o vilão da franquia, com diversos filmes após o original, Jason e sua figura sombria tornaram-se icônicos no universo do cinema.

A superstição é tão difundida, que o Instituto de Controle de Estresse e Fobia de Ashville, nos Estados Unidos, estima que entre 17 e 21 milhões de pessoas nesse país são afetadas por algum tipo de medo ou fobia em relação à  sexta-feira 13, chegando a mudar suas rotinas habituais, evitar andar de avião, ou mesmo realizar negócios.

Istoé

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