domingo, 24 de abril de 2022

Milionários disputam cada jatinho colocado à venda no Brasil

Por conta da alta demanda, milionários e bilionários fazem fila para comprar jatinhos não só no Brasil, mas no mundo todo

Jato HondaJet Elite S, fabricado pela Honda Aircraft Company - Foto: Divulgação/Líder

Só ter dinheiro não está garantindo a compra de jatinhos no Brasil. Milionários e bilionários estão tendo dificuldades em encontrar aviões particulares por conta da alta demanda nos últimos meses e os interessados precisam aguardar em filas de espera que podem durar anos.

A explicação para o aquecimento desse mercado vem da pandemia, segundo matéria da Folha de São Paulo.

Empresas do setor alegam que a crise sanitária fez explodir o interesse pela aviação executiva entre os super-ricos, que desejavam seguir com suas rotinas de viagens sem se submeter ao risco de contaminação.

O problema é que a oferta não acompanhou o boom da demanda. A recente disrupção das cadeias de suprimentos globais comprometeu a produção e manutenção de aeronaves pela falta de componentes essenciais, e fez com que uma parte do transporte marítimo migrasse para os aeroportos —retirando jatos do mercado executivo.

Diante da escassez, os milionários passaram a disputar cada jatinho colocado à venda. Não só no Brasil, mas no mundo todo. A procura é tão grande que até o mercado de seminovos inflacionou. Aeronaves com um ou dois anos de idade chegam a ter preço maior do que uma de fábrica, pois os clientes não querem aguardar para levar uma zero-quilômetro. Entre os modelos preferidos, o jato leve HondaJet Elite S, fabricado pela Honda Aircraft Company.

Atualmente, o Brasil tem mais 16 mil aeronaves privadas, o que inclui jatinhos, aviões, turboélices e helicópteros. Considerando só os jatos, a frota aumentou 8,5% entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, saindo de 680 para 738 unidades. Alguns dos modelos mais desejados pelos brasileiros são o Phenom 300 da Embraer, que custa mais de US$ 7 milhões (R$ 32,4 milhões) e os turboélices da família King Air, na faixa de US$ 7,5 milhões (37,1 milhões). Em 2020, a companhia vendeu 86 jatos executivos, número que passou para 93 em 2021. Neste ano, a previsão é de que as entregas fiquem entre 100 e 110 aeronaves.

MaisPB

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