Saiba como economizar combustível para amenizar o mega-aumento anunciado pela Petrobras na última quinta-feira
Mas quem depende do uso constante do carro terá um desafio maior para não ter suas atividades inviabilizadas pela bomba do posto.

© Marcelo Camargo/Agência Brasil
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nem a pé dá para escapar do mega-aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras na última quinta-feira (10). A alta da inflação atingirá a todos. Mas quem depende do uso constante do carro terá um desafio maior para não ter suas atividades inviabilizadas pela bomba do posto.
Especialistas
afirmam, porém, que alguns cuidados na condução do veículo, a
utilização correta de equipamentos do carro e manutenção periódica podem
diminuir consideravelmente o desperdício.
Desligar o
ar-condicionado, que é a mais óbvia e também a mensurável das
orientações, pode reduzir o consumo mensal em 10%, considerando o
exemplo de um motorista que faz o uso contínuo do equipamento.
Considerando
o preço do litro de gasolina mais caro registrado na semana passada na
capital paulista pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustível), que foi de R$ 7,60, o motorista que abre mão desse
conforto economiza R$ 30,40 a cada tanque de 40 litros.
E se
for impossível suportar o calor sem ligar o ar? Vidros fechados diminuem
o consumo de energia necessária para resfriar o ambiente, além de
reduzir a resistência aerodinâmica no deslocamento, o que também gera
ligeira economia.
A maneira de conduzir o veículo também
resulta em maior ou menor gasto de combustível, principalmente no "anda e
para" do trânsito das grandes cidades. Nos modelos de câmbio manual, o
segredo é acertar o tempo para as trocas de marcha, segundo Rafael
Serralvo, professor de engenharia mecânica do Centro Universitário FEI.
Marchas
devem ser passadas sem acelerações bruscas, antes que o ponteiro ou
sinalizador digital do conta-giros no painel do carro chegue ao seu
limite. A troca perto desse limite é um recurso válido na estrada, mas
não na cidade.
"Carros
automáticos trabalham com um consumo mais baixo. Algumas gerações mais
novas [de veículos] têm até oito marchas, justamente para gastar a menor
quantidade possível de combustível", comenta Serralvo.
Pé na
tábua definitivamente não é uma opção em tempos de mega-aumento dos
combustíveis. Pisadas agressivas no acelerador também aumentam o
desperdício.
Clayton Barcelos Zabeu, engenheiro mecânico do
Instituto Mauá de Tecnologia, diz que o ideal é manter o ponteiro
vermelho do conta-giros entre 1.500 e 3.000 rotações por minuto (RPM).
Isso é menos da metade do limite do mostrador da maioria dos veículos.
Ainda
em relação à dirigir na cidade, Zabeu aponta que evitar acelerações
bruscas contribui para a economia. "Com o motor trabalhando entre 1.500 e
3.000 RPMs (Rotações por Minuto), sem grandes pisadas agressivas no
acelerador, tende a reduzir o consumo de combustível", detalha.
É
na oficina mecânica que ao menos parte do desperdício pode ser
resolvido. Peças ligadas à ignição, como a vela e a bobina, devem ser
verificadas periodicamente. O processo de combustão danifica
equipamentos ao longo do tempo, prejudicando o desempenho do motor.
Pneus
calibrados corretamente (a verificação deve ser feita uma vez por
semana) e dentro do período de vida útil recomendado pelo fabricante
também entram na lista de cuidados essenciais.
Orientações sobre revisões periódicas podem ser consultadas no
manual do veículo. Quem não tem o item em mãos pode fazer a verificação
na página do fabricante na internet.
Antes de sair para rodar,
vale olhar o porta-malas e verificar se não está carregando peso
desnecessário. Quanto mais peso, maior o gasto de energia para tirar o
automóvel do lugar. O mesmo vale para acessórios, como bagageiros. O
ideal é manter apenas o essencial.
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