sábado, 12 de março de 2022

Chamada “revisão da vida toda” do INSS é criticada por Bolsonaro

Bolsonaro critica o STF sobre julgamento da ‘revisão da vida toda’ e diz que não há dinheiro para pagar os benefícios: “Querem quebrar o Brasil”

jair bolsonaro foto andressa anholete  getty images widelg - Bolsonaro critica o STF sobre julgamento da 'revisão da vida toda' e diz que não há dinheiro para pagar os benefícios: "Querem quebrar o Brasil"

Nesta sexta-feira, (11), o presidente Jair Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo julgamento que trata da chamada “revisão da vida toda” do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Bolsonaro afirmou que “querem quebrar o país” e que não haveria dinheiro para pagar os benefícios, se a tese for aceita.

A “revisão de vida toda” significa que todas as contribuições previdenciárias feitas ao INSS pelos trabalhadores no período anterior a julho de 1994 podem ser consideradas no cálculo das aposentadorias. Com isso, parte dos aposentados poderiam aumentar seus rendimentos.

O caso estava sendo julgado no plenário virtual do STF e já havia maioria a favor da tese. Entretanto, o ministro Nunes Marques (que já havia votado) pediu destaque, o que faz com que o julgamento tenha que ser reiniciado presencialmente.

Bolsonaro foi cobrado por um apoiador sobre o tema, durante conversa na saída do Palácio da Alvorada, e citou um possível custo de R$ 300 bilhões.

“Não vou entrar em detalhes. 300 e poucos bilhões (de reais). Querem quebrar o Brasil. Decisão lá do Supremo lá. O que você acha, tem que ir para frente ou não?”, rebateu ele.

O presidente fez a ressalva de que sabe que “a vida do aposentado não está fácil”.

Minutos depois, o mesmo apoiador voltou a faltar sobre o tema e Bolsonaro disse não ser contrário, mas que não há dinheiro.

“Não sou contra rever, não. Quem vai pagar? Tem dinheiro para pagar? Eu não vou discutir esse assunto porque a dívida dá mais de 300 bilhões. Precatório dava 80 bilhões”.

Com o pedido de destaque, o julgamento terá que recomeçar do zero, e o voto do ministro Marco Aurélio Mello, favorável à revisão, não terá mais validade, já que ele se aposentou da Corte.

André Mendonça — que, assim como Nunes Marques, também foi indicado à Corte por Bolsonaro — poderá votar no caso. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada.

Fonte: Polêmica Paraíba - Créditos: Portal IG - Publicado por: Nathalia Souza

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