Em evento político na Filadélfia, Joe Biden manda recado para Vladimir Putin: “Se tocarem nos países da Otan, vamos responder”
(Foto: Pool de mídia/Via BBC)
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mandou recados ao mandatário russo, Vladimir Putin, durante um evento do partido Democrata, na Filadélfia, realizado na última sexta-feira, (11).
Em pronunciamento transmitido ao vivo pela TV, Biden foi categórico ao condenar o conflito no Leste Europeu e recomendou que a guerra não avance para outros países.
“Não queremos a terceira guerra mundial. Se tocarem nos países da Otan, vamos responder”, frisou o líder norte-americano.
A Otan é um grupo de 28 países criado após a Guerra Fria para fortalecer a defesa e a segurança de nações do Ocidente. O desejo da Ucrânia em fazer parte da entidade militar desencadeou o conflito no Leste Europeu.
Antes, Biden decretou novas sanções econômicas contra a Rússia. Agora, os norte-americanos não poderão comprar bebidas (como vodka), pescados (como caviar) e pedras preciosas (como diamantes) russos.
Biden adiantou que novas penalidades são estudadas. “A situação da economia russa piora a cada dia. A Bolsa de Valores vai colapsar quando abrir”, salientou Biden.
O governo dos EUA já havia proibido a compra de petróleo russo, o que desestabilizou o mercado internacional. A medida foi considerada a sanção mais dura da história.
No Kremlin, sede do governo russo, Putin afirmou que houve “algum progresso” nas negociações de Moscou com a Ucrânia, mas não deu mais detalhes. “Há certas mudanças positivas, dizem-me os negociadores do nosso lado”, explicou o mandatário em uma reunião com o presidente da Belarus, ditador Alexander Lukashenko.
Do lado ucraniano da história, Zelensky avaliou, em pronunciamento gravado, que a guerra está em um ponto de “virada estratégica”. Segundo o chefe de Estado da Ucrânia, ainda é preciso tempo e paciência para alcançar a vitória.
Outro ponto de concordância é o processo de conversas entre os dois países. Os líderes admitiram que as negociações continuam. Putin foi além e acrescentou que elas ocorrem “diariamente”.
“Estou convencido de que vamos defender a liberdade”, assinalou Zelensky ao discursar no parlamento polonês.
O mundo acompanha os desdobramentos das conversas entre russos e ucranianos. Nesta sexta-feira, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Haris; o presidente francês, Emmanuel Macron; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, discutiram sobre a guerra.
Para o leitor entender o que impede o acordo de paz, confira abaixo as exigências de cada país na negociação de um cessar-fogo.
Vejas as condições russas:
Veja as condições ucranianas:
Na quinta-feira, (10), Lavrov reclamou do fornecimento de armas de países do Ocidente para a Ucrânia. Kuleba acusou a Rússia de planejar o ataque ao país e de dificultar as negociações e o socorro aos feridos. Três reuniões de acordo terminaram sem sucesso.
A negociação geopolítica ocorre enquanto cidades inteiras estão sem água, energia e aquecimento. Bombardeios a hospitais e áreas residenciais se intensificaram. Rotas humanitárias de fuga são desrespeitadas.
Ao todo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. Em Kiev, capital da Ucrânia e coração da política, metade dos habitantes fugiu.
Fonte: Polêmica Paraíba - Créditos: Metrópoles - Publicado por: Nathalia Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário