Bolsonaro dá entrevista a Rádio Correio da Paraíba

Em entrevista à Paraíba, Bolsonaro desconversa sobre articulações de palanque no Estado e diz que paraibano assessor da presidência será candidato

Em entrevista à Rádio Correio, nesta terça-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desconversou ao ser indagado sobre como andam as articulações de palanque na Paraíba para as eleições presidenciais de 2022. Bolsonaro também revelou que o paraibano Tércio Arnaud Thomaz, assessor especial da presidência da República, deverá se candidatar no próximo ano.

Sem citar nomes, Bolsonaro diz que ainda não fala publicamente sobre a construção de palanques, mas disse que deverá dialogar com um candidato de direita, ou de centro, para “buscar uma aproximação”.

“Não estarei com a esquerda. Vamos ver quem deve ser o nome do candidato mais à direita, ou de centro, na região, para a gente buscar uma aproximação e fazer campanha juntos”, disse. Em outro momento, o presidente disse, no entanto, que fez campanha e foi eleito em 2018 “sem palanque”.

Sobre o paraibano, novamente sem citar nomes, Bolsonaro disse que o assessor especial da presidência deverá se candidatar no próximo pleito. Tércio é conhecido por supostamente comandar o chamado “Gabinete do Ódio”, um grupo de assessores que trabalham no Palácio do Planalto na suposta disseminação de notícias falsas atacando adversários políticos do presidente.

“Eu tenho um garoto que trabalha comigo aqui, que é de Campina Grande, que deve sair candidato pela Paraíba”, declarou Bolsonaro, sem citar também qual seria o cargo.

Filiação ao PL

Bolsonaro também foi indagado sobre sua filiação ao PL, que inicialmente estava prevista para acontecer na última segunda-feira (22), mas foi adiada, segundo Bolsonaro, em “comum acordo” com Waldemar da Costa Neto, presidente nacional da legenda. Bolsonaro afirmou que está “praticamente” fechada a filiação.

“Tenho conversado com Waldemar da Costa Neto, que é o presidente do partido. Eu pedi, em comum acordo com ele, por troca de mensagens para adiar a filiação [prevista para a segunda-feira 22]. Faltava acertar o maior colégio eleitoral do Brasil, que é São Paulo. Ele tem um compromisso com o vice-governador e tem que arranjar uma maneira, sem quebrar a palavra dele, de resolver esse assunto. Está praticamente resolvido e converso com ele nos próximos dias. Mas na política só está fechado depois que fecha”, falou.

Polêmica Paraíba - Publicado por: Bruno Marinho