segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Milhões de pessoas buscam alternativa após pane nas principais redes sociais do mundo

WhatsApp, Telegram e Signal: conheça ‘alternativas’ e saiba as vantagens de cada aplicativo

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A pane ocorrida nesta segunda-feira (04) nas principais redes sociais do mundo fez milhões de pessoas buscarem por uma alternativa, ao redor do mundo, em busca de continuarem suas comunicações, trabalhos e outros compromissos.

Um dos aplicativos mais procurados é o Telegram, que não foi atingido pela falha global. Mas, você sabe qual a diferença entre Telegram, Signal, que é outra alternativa, e o Whatsapp? O G1, portal da Globo, preparou uma reportagem com as explicações.

Confira a seguir:

WhatsApp

Fundado em 2009 como uma startup e adquirido pelo Facebook em 2014, o WhatsApp é hoje o comunicador mais popular do mundo.

O que só o WhatsApp tem: Status/Stories, videochamadas criptografadas com até 8 pessoas (50 por meio da integração com as Salas do Messenger), recursos adicionais para contas comerciais (incluindo pagamentos, já disponíveis em algumas regiões).

O que limita o WhatsApp: O WhatsApp adota restrições ao encaminhamento de mensagens e ao tamanho dos grupos (256 membros). Não é possível usar o app em outros dispositivos sem que o telefone esteja ligado e conectado à internet.

Segurança do WhatsApp: O WhatsApp adotou a tecnologia de criptografia do Signal em 2016, melhorando sua segurança de forma significativa, mas não vem acompanhando os aprimoramentos do concorrente. O código-fonte do WhatsApp é fechado.

Privacidade no WhatsApp: É obrigatório divulgar o número de telefone para receber e enviar mensagens de outros usuários. As mensagens do WhatsApp são criptografadas, mas o comportamento dos usuários no app (frequência de uso, contatos e grupos) podem ser levados em conta pelo Facebook para modelar o perfil que determina sugestões de contato, publicidade direcionada e outras ferramentas comerciais.

Telegram

O Telegram foi lançado em 2013 pelos irmãos Durov, uma dupla de empreendedores da Rússia conhecida pela rede social VKontakte (VK), o “Facebook russo”. O passado do VK ainda influencia as operações do Telegram, o que repercute em sua história e funcionamento.

O que só o Telegram tem: Grupos de até 200 mil membros, uso em qualquer dispositivo sem depender da internet no celular, envio e recebimento de mensagens sem divulgar o número do telefone, opções adicionais para controlar a exposição de dados (para que só algumas pessoas possam ver quando você está on-line, por exemplo), agendamento de envio de mensagens, busca de pessoas próximas para se comunicar (este recurso exige cuidado).

O que limita o Telegram: Não há suporte para status/stories nem videochamadas em grupo (é possível realizar videochamadas individuais, mas o recurso para grupos foi prometido para 2021). A maioria das vantagens do app é viabilizada pela ausência de criptografia nas mensagens regulares e armazenamento de dados no servidor. Ainda não está claro como o Telegram pretende se sustentar financeiramente.

Segurança do Telegram: As conversas no Telegram não são criptografadas por padrão, sendo necessário ativá-la em conversas específicas por meio de “chats secretos”. O armazenamento das mensagens no servidor exige cuidado para evitar a exposição das conversas (as autoridades da Lava Jato, por exemplo, foram expostas pelo Telegram por esse motivo). O código-fonte do aplicativo do Telegram é aberto, mas o código do servidor do serviço é fechado, deixando-o em um meio-termo entre o Signal e o WhatsApp.

Privacidade no Telegram: As mensagens, fotos e arquivos das conversas regulares (não secretas) do Telegram ficam armazenadas no servidor do serviço, mas o Telegram promete não compartilhar dados com terceiros e não possui vínculos com redes de publicidade que usam esses dados para a modelagem de perfis.

Signal

A marca do Signal está muito ligada ao nome de Moxie Marlinspike, que criou a empresa de segurança Whisper Systems e a vendeu para o Twitter. O nome dele, porém, é um pseudônimo. A agência de notícias Reuters já identificou Moxie pelo nome de Matthew Rosenfeld, mas ele não faz questão de divulgar seus dados pessoais.

A forma que o Signal prioriza a privacidade e a segurança dos seus usuários lembra muito a personalidade do seu criador. É o app de mensagens recomendado por personalidades como Edward Snowden (o ex-agente da Agência Nacional de Segurança que revelou a existência de um programa de espionagem massiva nos Estados Unidos) e Elon Musk, o bilionário fundador da Tesla e da SpaceX.

O que só o Signal tem: Foco total em privacidade e segurança, com grupos privados e envio de mensagens com remetente oculto (apenas um dos participantes precisa divulgar o número para iniciar a conversa), controles para limites de armazenamento de dados.

O que limita o Signal: Não há busca integrada de GIFs animados, nem status/stories. As chamadas em grupo são limitadas a 5 participantes e grupos podem ter no máximo 1.000 contatos. O backup para recuperar mensagens é manual e exige uma senha de 30 posições, dificultando a restauração de mensagens após uma troca de aparelho. O smartphone precisa estar sempre ligado e conectado para usar o Signal em outros dispositivos.

Segurança do Signal: A comunicação do Signal é criptografada sempre que possível. O código-fonte do Signal é totalmente aberto, o que maximiza a transparência e torna o serviço um dos preferidos para especialistas em segurança digital. É referência em segurança de comunicações.

Privacidade no Signal: Não há recurso que mostre quando alguém está on-line, nem o último horário em que o app foi aberto. O uso generoso de criptografia minimiza a quantidade de informações legíveis que chegam aos servidores do serviço, inviabilizando a coleta da maioria das informações. 

Fonte: Polêmica Paraíba com G1 - Publicado por: Felipe Nunes

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