quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Mandetta não tem potencial para ser nem "quarta via", diz Datena

Ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta não tem potencial nem para ser a "quarta via", diz José Luiz Datena

Pesquisas têm apontado a eleição de 2022 como polarizada entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido), o que tem gerado movimentação de partidos em busca de uma terceira via.


O jornalista José Luiz Datena foi apresentado como candidato a presidente da República pelo PSL | Imagem: Diego Padgurschi/UOL
O jornalista José Luiz Datena foi apresentado como candidato a presidente da República pelo PSL | Imagem: Diego Padgurschi/UOL

O jornalista José Luiz Datena (PSL) disse avaliar que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) não tem potencial para ser nem "quarta via" na eleição presidencial. Os partidos deles, pelos quais cada um é potencial candidato a presidente no ano que vem, acertaram recentemente uma fusão.

Pesquisas têm apontado a eleição de 2022 como polarizada entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido), o que tem gerado movimentação de partidos em busca de uma terceira via.

"Mandetta está falando toda hora como candidato. O [Rodrigo] Pacheco [do DEM e presidente do Senado] está na dele. Mas o Mandetta fica se lançando como candidato. Eu, sinceramente, não vejo com potencial, apesar de respeitar o Mandetta e o partido dele", disse. "Agora, com um partido só, eu não vejo o Mandetta como potencial nem à quarta via, quanto mais à terceira via."

O partido que surgiu da união entre PSL e Democratas tem, além de Datena e Mandetta, Pacheco como postulante ao Planalto — este, porém, pode estar a caminho do PSD e ainda não tem se apresentado como candidato.

"Mas duvido que eu perca para o Pacheco e para o Mandetta em termos de pesquisa. Em pesquisa séria, eu não perderia nem para o Pacheco nem para o Mandetta", disse Datena.

Para ele, é possível que o PSL não cumpra com o que teria sido combinado. "Não me atrai muito essa fusão. E, pelo jeito, eles não vão cumprir com o acordo de que, baseado em pesquisa técnica, lançariam o candidato", comentou, fazendo referência aos números das últimas pesquisas do Datafolha e do Ipec. Datena se filiou ao PSL em julho com o desejo de disputar uma vaga no Senado ou o governo de São Paulo, mas o partido queria colocá-lo como presidenciável.

"O meu ponto de fusão é diferente do deles. Eu, para me tornar gasoso em dois segundos, desapareço e evaporo", diz. "A responsabilidade toda é deles. Os caras que me convidaram, que me lançaram candidato a presidente da República. A responsabilidade é deles, não é minha."

"O cara te coloca como candidato a presidente, assina um documento que você pode ser governador ou senador de acordo com a evolução das pesquisas até janeiro, e agora ficam apresentando candidatos ao governo, à Presidência. Eles têm uma ética diferente." José Luiz Datena (PSL), jornalista

Ex-ministro da Saúde e presidenciável Luiz Henrique Mandetta - Imagem: Jefferson Rudy - Agência Senado 

Números e cenários 

No Datafolha, Datena está apenas em um cenário com Pacheco, com 4% das intenções de voto; Pacheco tem 1%. Seu nome não aparece junto com o de Mandetta, que oscilou entre 3% e 4% em diferentes combinações.

Já no levantamento do Ipec, Datena está à frente de ambos. O jornalista aparece com 3% contra 1% de cada um dos outros dois.

Datena reclama das pesquisas por elas não o colocarem entre os principais candidatos. "Não entendo por que o [João] Doria [, governador de São Paulo,] sai nos cenários anteriores se ele nem venceu as prévias do PSDB ainda. E eu não saio em todos os cenários. E sou lançado candidato do partido", disse.

"Se eu fosse colocado no primeiro cenário, a coisa mudaria a melhor para mim. Não sei se muito, mas é claro que, analisado numa pesquisa no primeiro cenário, você tem mais chance", acredita.

Fonte: Uol

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