MAIOR FATO POLÍTICO DA PARAÍBA NO SÉCULO XX: morte de João Pessoa completa 91 anos; entenda os detalhes do fato histórico
O maior fato político da Paraíba no Século XX, também considerado um dos mais importantes do Brasil pelo menos na primeira metade do século passado foi a morte de João Pessoa, então presidente da Paraíba, que completa 91 anos nesta segunda-feira (26). O assassinato que eternizou o nome do político na capital da Paraíba e o luto na bandeira do estado foi o episódio fatídico que mudou os rumos políticos do Brasil, decretando o fim do período da República Velha e alçando Getúlio Vargas ao poder.
O crime foi o estopim da Revolução de 1930 – a chapa presidencial de Getúlio Vargas e João Pessoa havia sido derrotada em março daquele ano pelo paulista Júlio Prestes, apoiado pelo presidente Washington Luís. Também levou à derrota da última insurreição armada da República Velha, a Revolta de Princesa. Esse foi o nome dado ao levante contra João Pessoa comandado pelo coronel José Pereira Lima no município de Princesa, atual Princesa Isabel (PB), distante 400 quilômetros da capital, João Pessoa.
A revolta foi o ápice do conflito político entre João Pessoa e coronéis do interior. Princesa chegou a ser proclamada “território livre”, e a semiguerra civil colocou frente a frente, de fevereiro a julho, cerca de 2.000 jagunços reunidos por José Pereira e 850 soldados da polícia estadual. O crime não teve motivação política, e sim vingança. O assassino, João Dantas, aliado a inimigos de João Pessoa, teve a casa invadida quatro dias antes pela polícia, que buscava armas.
Os agentes não encontraram armamento, mas puseram as mãos em farta correspondência e fotos eróticas de João Dantas e da amante, a professora e poeta Anayde Beiriz. Exposto ao público, o material causou escândalo, levando Anayde Beiriz ao suicídio.
“O assassinato de João Pessoa e todo o processo de investimento na construção de uma memória mitificada em torno dele legitimou ideologicamente um fato histórico que marcou o fim da chamada República Velha e o início da Era Vargas”, afirma José Luciano Queiroz Aires, historiador e professor do curso de mestrado em história da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Crise na oligarquia paraibana
Fonte: Polêmica Paraíba com G1 e Diário de PE - Publicado por: Suedna Lira
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