terça-feira, 13 de julho de 2021

Ministro do STF afirma que é contra o impeachment de Bolsonaro

De saída do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello é contra o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e critica a CPI do Senado


O MINISTRO MARCO AURÉLIO MELLO, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) - FOTO: EVARISTO SÁ/AFP

Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, que teve a aposentadoria publicada no Diário Oficial na última sexta-feira (09) afirmou que é contra o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Na entrevista dada ao Valor Econômico, o jurista criticou o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, e disse que a comissão virou palanque para as eleições de 2022. “Nós temos um presidente, ele, inclusive, é o meu presidente. Temos alguém que foi diplomado, tomou posse para um mandato de quatro anos. Que se espere o término do mandato. Não é bom para o Brasil afastar o dirigente maior. Ficamos aí figurando como uma ‘repupliqueta de bananas’”.

“A repercussão interna é ruim, em termo de insegurança jurídica, e é pior ainda no âmbito internacional. Nós não nos tornamos respeitáveis na comunidade internacional a partir dessa pseudo correção de rumo. Aguardemos. As regras do jogo democrático precisam ser observadas. E, claro, com as instituições funcionando e afastando mazelas que possam surgir”, acrescentou. Para ele, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as ações de omissões do governo federal durante a pandemia virou um palco.

“Está um disco arranhado. Eu já cansei. Só estão aparecendo fatos conhecidos. Eles vão apresentar um relatório, o relatório será encaminhado ao titular de uma possível ação penal, que é o Ministério Público, e veremos o que dará. Agora, não pode a CPI servir unicamente como plataforma política para os integrantes se credenciarem junto aos eleitores. Acabam se desgastando. Eu estou percebendo a CPI, a esta altura, como um palco, como um palanque visando as eleições em 2022”.

Fonte: Diário do Centro do Mundo com informações da CartaCapital 

Nenhum comentário:

Postar um comentário