domingo, 13 de junho de 2021

Polícia mata um dos criminosos mais procurados do Brasil

Ecko, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro e um dos criminosos mais procurados do país, é morto pela polícia

Durante a operação Dia dos Namorados, ele foi baleado e preso em uma casa na comunidade de Três Pontes, no bairro de Paciência, na zona oeste do Rio


Wellington da Silva Braga, o Ecko, é morto em operação da Polícia Civil - Reprodução/Agência O DIA

Morreu neste sábado (12), em uma ação policial, Welligton da Silva Braga, conhecido como Ecko, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro e um dos criminosos mais procurados do país. O criminoso estava ao lado de esposa e filhos.

Durante a operação Dia dos Namorados, ele foi baleado e preso em uma casa na comunidade de Três Pontes, no bairro de Paciência, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil, ele foi socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos. A ação foi coordenada pela Subsecretaria de Planejamento Operacional da Polícia Civil do Rio.

O grupo de Ecko atua em bairros da zona oeste e também em algumas regiões da Baixada Fluminense explorando diversas atividades ilegais nas comunidades, como contrabando de cigarros, venda de gás e transportes alternativo.

O miliciano herdou o "cargo" de líder da quadrilha quando assumiu e expandiu os negócios de seu irmão, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, que morreu em confronto com a Polícia Civil, em abril de 2017. Após, a morte do irmão, a Liga da Justiça passou a se chamar "Bonde do Ecko".

A quadrilha começou atuando nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz, Cosmos, Inhoaíba e Paciência, na zona oeste, sendo comandada inicialmente por ex-policiais militares: Ricardo Teixeira Cruz, o Batman; Toni Ângelo Souza Aguiar, o Toni Angelo; e Marcos José de Lima, o Gão. Todos foram presos em 2007 e 2008.

Após a prisão do grupo, Carlinhos Três Pontes assumiu a liderança. Diferente da antiga configuração, Carlinhos era ex-traficante do Morro Três Pontes, em Santa Cruz, e tornou-se o chefe do grupo até ser morto.

Ao assumir, Ecko estreitou a relação da milícia com o tráfico de drogas. O Disque Denúncia oferecia uma recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem ao miliciano.

Em comunicado oficial, a Polícia Civil confirma operação batizada de Dia dos Namorados, parte da Força-Tarefa de Combate às Milícias, criada em outubro de 2020, com o objetivo de asfixiar o braço financeiro das organizações criminosas.

Nas redes sociais, o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, agradeceu ao governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro pela confiança para que a operação fosse realizada. "Missão dada pelo senhor e cumprida pela SEPOL", escreveu ele. 

A ação foi coordenada pelo Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), com apoio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD), da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e do Serviço Aeropolicial (SAER).

Veja vídeo:

Interceptações telefônicas ajudaram operação

Interceptações telefônicas autorizadas pela 1ª Vara Criminal Especializada em Combate ao Crime Organizado, do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), ajudaram na operação policial deste sábado (12), que localizou Ecko. No últimos cinco meses, o juízo da Vara, em trabalho com a Polícia Civil, determinou a interceptação telefônica de Ecko, da esposa do miliciano e de outras pessoas próximas.

A milícia de Ecko

Wellington da Silva Braga teria assumido a liderança em algumas comunidades da Zona Oeste após as prisões de Pedro Paulo Silva de Oliveira, o Neném, e André Costa Barros, conhecido como Boto, que também são da milícia conhecida como Bonde do Ecko, a antiga Liga da Justiça.

Segundo investigações, Wellington foi quem coordenou a invasão de milicianos na comunidade Santa Maria, na Taquara, em abril deste ano. A milícia de Ecko também começou a agir na Gardênia Azul em janeiro. Os soldados do paramilitar mais procurado do Rio invadiram a comunidade, após uma briga com o antigo comparsa Danilo Dias Lima, o Tandera.

A região, que estava sendo controlada por Edmilson Gomes Menezes, conhecido como Macaquinho, que é comparsa de Tandera, foi invadida pelos aliados do Ecko, que tinham o objetivo de dominar os territórios controlados pelos novos inimigos.

Os agentes da Draco apuram a informação de que mais de 40 milicianos armados circulam pela comunidade constantemente. Segundo a polícia, vestidos com roupas escuras, colete a prova de balas, touca ninja e portando fuzis, os paramilitares monitoram a movimentação na Gardênia.

Ecko, chefe da maior milícia do Rio, é morto pela polícia
Notícias ao Minuto

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