Patrimônio da Paraíba com forte influência no processo de desenvolvimento do Estado, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) celebra nesta segunda-feira (14) 55 anos de existência. A Instituição que ao longo desse período tem promovido conhecimento, educação e a promoção da ciência e do saber, se transformou ao longo dessas cinco décadas e meia em um símbolo de superação, resistência e luta na busca pela melhoria na qualidade de vida dos paraibanos.

A Universidade chega aos 55 anos sob a condução de duas mulheres professoras, a reitora Célia Regina Diniz, e a vice-reitora Ivonildes da Silva Fonseca, que têm priorizado a implantação de uma política voltada para o enfrentamento dos grandes desafios com a violência contra a mulher, valorização dos servidores, além de oferecer condições para que estudantes de baixa renda tenham acesso ao ensino remoto praticado na Instituição desde 2020.

Desde o seu nascedouro, a UEPB sempre foi um terreno pródigo na formação e difusão do conhecimento e promoção da vida. A Instituição nasceu no solo fértil da Rainha da Borborema e rapidamente se expandiu, estando presente atualmente com câmpus instalados nos municípios de Campina Grande, Lagoa Seca, Guarabira, Catolé do Rocha, João Pessoa, Monteiro, Patos e Araruna. Nessas cidades, a UEPB tem cumprido a missão de formar cidadãos críticos e socialmente responsáveis, através da produção e transmissão do conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento educacional e sociocultural da Região Nordeste e, particularmente, da Paraíba.

Entre tantos momentos marcantes, a Instituição ganhou notoriedade e passou a figurar nos rankings dos renomados institutos nacionais de avaliação de qualidade, chegando a obter, inclusive, reconhecimento internacional ao se inserir no universo da pesquisa científica, que a tornou uma referência importante entre as universidades estaduais do país. Neste dia 15 de março, data que marca os 55 anos após a sua criação, há centenas de pesquisas em desenvolvimento em diversas áreas do conhecimento na UEPB. São mais de 600 projetos de Iniciação Científica em plena execução. A Extensão também avançou e aproximou a Universidade da sociedade, levando serviços de qualidade gratuitos à população.

A UEPB oferece ensino de qualidade para mais de 18 mil alunos, em 84 cursos de graduação nas áreas da Saúde, Ciências Exatas, Tecnologia, Ciências Humanas e Sociais, e recebe cerca de 3 mil novos alunos a cada ano. Nos últimos anos, a Universidade também deu um significativo salto nos programas de pós-graduação. Os números são expressivos e traduz a consolidação dos programas. São seis doutorados, 21 mestrados, 14 cursos de especialização, totalizando 41 cursos na pós.

A consolidação da UEPB como Instituição de Ensino Superior é marcada por momentos decisivos na sua história, iniciando com sua criação como Universidade Regional do Nordeste (URNe), em 1966, e passando pela Estadualização em 1987, através da Lei nº 4.977, pelo reconhecimento do MEC em 1996 e a conquista da autonomia financeira, por meio da Lei Estadual nº 7.643 de 6 de agosto de 2004, que inaugurou uma nova fase na história da UEPB.

Com a Autonomia, a Universidade pode fazer mais pelo Estado, desde que o aporte de recursos feito pelo Governo da Paraíba acompanhe o crescimento das receitas. Nascida da Universidade Regional do Nordeste em 1966, fruto da coragem, genialidade e abnegação de um grupo de pioneiros notáveis, o grande patrimônio dos campinenses e paraibanos de todas as regiões, chega aos 55 anos com força renovada e projetos ousados que visam o desenvolvimento do país.

Transcorridas essas cinco décadas em meia, a Universidade Estadual da Paraíba continua avançando, mesmo em meio a pandemia do novo coronavírus. Aliás, a Instituição deu um exemplo de modernidade na pandemia, quando teve que se adequar ao momento e implantar com sucesso as aulas remotas, através do Programa Auxílio Conectividade, bem como a realização das eleições on-line para a Reitoria e Direção dos Centros de Ensino, graças ao trabalho da Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC).

Outros avanços também foram alcançados através do Observatório do Feminicídio da Paraíba – Professora Bríggida Rosely de Azevedo Lourenço, presidido pela professora Ivonildes, que foi reestruturado e mantém sua proposta de atuar na violência contra a mulher com ações eficazes. Como também em 2020, foi inaugurado o Biotério Professor Eduardo Barbosa Beserra, um espaço voltado para receber estudantes, professores e pesquisadores do estudo da vida, reprodução e manutenção de animais irracionais.

PB Agora - Texto: Severino Lopes - Fotos: Arquivo/Codecom