terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Luto na política paraibana

Morre por complicações da Covid-19 o senador paraibano José Maranhão – Sua esposa a desembargadora Fátima Bezerra anuncia o falecimento

jose maranhao mdb eleicoes 2018 na pb 1 - LUTO NA POLÍTICA: Morre por complicações da covid-19 o senador paraibano José Maranhão - Ouça esposa anunciando a morte

Morreu na noite desta segunda-feira (08), o senador paraibano José Maranhão. O parlamentar estava internado desde o ano passado após contrair Covid-19 durante as eleições municipais.

Em contato com a reportagem do site Polêmica Paraíba, sua esposa a desembargadora Fátima Bezerra, confirmou a informação e emocionada declarou seu amor ao senador Maranhão.

“Muitas pessoas quando perdem entes querido colocam nas redes sociais notas de pesar… eu não, eu quero fazer uma declaração de amor, pra dizer a Paraíba que José Maranhão não foi só meu, José Maranhão foi de vocês, quantos aniversários, quantas festas o meu amor  não pode estar presente porque tinha compromissos políticos… eu chamava ele pra dançar e ele dizia que precisava dançar com outras pessoas, ele dizia que era um homem público meu romantismo só podia ser vivido aqui dentro de casa, quando estávamos sozinhos e eu dizia, eu te amo meu amor e ele me respondia, eu também te amo”, disse emocionada.

Ele disse ainda que os paraibanos o fizeram feliz : “todas as vezes que ele era reconhecido em todos os cantos do estado, quando as pessoas diziam”: “meu pai gosta do senhor”.

O Senador José Targino Maranhão faleceu, aos 87 anos. Ele havia sigo diagnosticado com Covid-19 no dia 29 de novembro, foi internado, mas não resistiu a complicações do vírus.

O paraibano fez história na política. Ainda muito jovem, com apenas 21 anos de idade ele iniciou seu trabalho na política. Foi deputado estadual, deputado federal, governador e Senador.

Conheça a história de José Maranhão

José Targino Maranhão nasceu em Araruna (PB) no dia 6 de setembro de 1933, filho de Benjamim Gomes Maranhão e de Benedita Targino Maranhão. Seu pai foi líder político e prefeito de sua cidade natal em 1955. Seu avô materno, José Targino, foi vice-governador da Paraíba de janeiro de 1947 a julho de 1950, e governador, desse mês até janeiro de 1951.

Advogado, pecuarista e empresário, formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa.

Casado com a Desembargadora Maria de Fátima Bezerra, é pai de Maria Alice, Leônidas e Letícia. Tem dois netos: José Neto e Maria de Fátima.

Vida politica

Seguindo os passos do pai, ele ingressou na política em 1954, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), partido pelo qual volta a ser eleito deputado estadual por mais dois mandatos consecutivos. Em 1967, se filiou ao MDB, pelo qual voltou a ser eleito deputado estadual, ficando no cargo até 1969.

Em 1982, elegeu-se deputado federal constituinte, voltando a se eleger ao cargo em 1986, na legislatura 1987 – 1991. Em 1990, voltou a concorrer a uma vaga de deputado federal, sendo eleito para o período 1991 – 1994.

Em 1994, foi eleito vice-governador na chapa de Antônio Mariz. Maranhão assumiu o mandato, em virtude da morte do titular, cerca de dez meses depois de ter assumido o mandato de governador. Em 1998 disputou a candidatura à reeleição ao governo do estado pelo PMDB, onde o grupo liderado pelo então senador Ronaldo Cunha Lima e por seu filho, o então prefeito de Campina Grande, Cássio Cunha Lima, queriam indicar o nome de Ronaldo para a disputa do governo. Com uma vantagem apertada, Maranhão venceu Ronaldo na convenção do PMDB e foi indicado candidato. Na eleição para governador, foi eleito com cerca de 80% dos votos válidos, sendo o governador mais votado do país naquele ano em termos percentuais, reelegendo-se assim governador da Paraíba.

Em 2001, rompeu politicamente com a família Cunha Lima, que migrou para o PSDB. No ano seguinte Maranhão renunciou ao governo do estado para candidatar-se ao senado obtendo 831.083 votos, sendo o senador mais votado da Paraíba naquela eleição. No governo do estado entra em seu lugar o então vice-governador Roberto Paulino, que com seu apoio se torna o candidato do PMDB ao governo, mas acaba sendo derrotado por Cássio Cunha Lima que venceu Paulino no segundo turno.

Em 2006, Maranhão disputou novamente o governo da Paraíba, desta vez contra o então governador, Cássio Cunha Lima, que foi eleito em segundo turno à reeleição, com cerca de 51% dos votos. Após a confirmação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da cassação de Cunha Lima, em 2008. pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) por uso indevido de programa social em ano eleitoral. José Maranhão foi reconduzido em 17 de fevereiro de 2009 ao Palácio da Redenção, como governador do Estado, por ser o segundo colocado nas eleições de 2006.

Governador da Paraíba pela terceira vez, Maranhão concorre novamente ao cargo de governador do estado nas eleições de 2010, buscando o seu quarto mandato, mas acaba sendo novamente derrotado no segundo turno, dessa vez pelo ex-prefeito da capital Ricardo Coutinho do PSB que obteve 53,70% dos votos válidos contra seus 46,30%.

Nas eleições de 2012, foi o candidato a prefeito de João Pessoa pelo PMDB sendo derrotado nas urnas, obtendo apenas o quarto lugar e ficando de fora do segundo turno com uma votação de 69.978 votos, representando 18,87% dos votos válidos.

Em 2014, foi indicado pelo seu partido como candidato a senador da república, cargo pelo qual se elege pela segunda vez com 647.271 votos (37,12% dos votos válidos.

Em fevereiro de 2015, já no início da nova Legislatura no Congresso, foi eleito Presidente da mais disputada Comissão do Senado: a de Constituição, Justiça e Cidadania, para o biênio 2015/2016. Em março de 2015, assumiu a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e permaneceu no cargo até dezembro de 2016. Em dezembro de 2016, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos Em julho de 2017 votou a favor da reforma trabalhista. Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.

Nas eleições de 2018, tentou um quarto mandato de governador pelo MDB. Ficou em terceiro lugar, após derrota para o candidato governista João Azevedo (PSB), que venceu em primeiro turno com 58,18% dos votos.

Em 2019, prosseguiu seu mandato de oito anos como Senador representante da Paraíba. Atuando como membro titular da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania; da Comissão de Educação, Cultura e Esporte; e da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.

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Polêmica Paraíba - Publicado por: Gerlane Neto

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