terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Ministério Público Eleitoral pede cassação do prefeito e do vice de João Pessoa

Em Ação de Investigação Judicial Eleitoral, Ministério Público pede cassação de Cícero Lucena e Léo Bezerra por suposto uso da máquina do Estado

cicero e leo bezerra - ELEIÇÕES 2020: Em AIJE, Ministério Público Eleitoral pede cassação de Cícero e Léo Bezerra por suposto uso da máquina do Estado

O Ministério Público Eleitoral ingressou junto à 70ª Zona Eleitoral da Paraíba em João Pessoa uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por abuso de poder político e econômico e conduta vedada contra o prefeito de João Pessoa Cícero Lucena (PP) e o vice-prefeito Léo Bezerra (Cidadania).

De acordo com a denúncia, assinada pela promotora eleitoral da 70ª Zona Dulcerita Soares Alves, a gerente da 1ª Gerência Regional de Ensino do Governo do Estado da Paraíba, Wleica Honorato Aragão Quirino teria utilizado a máquina pública do Estado em favor da campanha do então candidato a prefeito de João Pessoa nas eleições de 2020, Cícero Lucena.

A ação foi apresentada à Justiça Eleitoral no dia 16 de dezembro de 2020, porém, só foi tornada pública na tarde desta segunda-feira (04).

O documento afirma que Wleica durante o segundo turno do pleito municipal usou servidores públicos e professores de escolas estaduais para, durante o horário de expediente, realizar uma pesquisa de intenção de voto e realizar uma reunião na escola ECIT Raul Machado, no bairro da Ilha do Bispo, em João Pessoa, com objetivos eleitorais.

A denúncia apresenta documentos, fotos da reunião e prints de conversas de WhatsApp nas quais os servidores contratados e efetivos “eram coagidos de forma implícita a participarem de esforços de campanha política para o beneficiado-Candidato Cícero Lucena, estrategicamente articulado pela primeira representada WLEICA (Gerente), em nome da Secretaria Estadual de Educação”.

A promotora também afirma que em depoimentos ao Ministério Público, vários professores confirmaram ter feito as pesquisas durante o horário de expediente citando o nome do então candidato Cícero Lucena como beneficiário da pesquisa e citaram o nome da gerente de educação por diversas vezes, embora tenham afirmado que não a conheciam pessoalmente. Contudo, eles afirmaram que sofriam ameaças de seus nomes enviados para conhecimento da gestora e temiam perder seus empregos após os depoimentos ao MPE.

Um dos depoentes afirmou que caso o entrevistado na pesquisa dissesse que não iria votar em Cícero, os cabos eleitorais visitariam a casa do eleitor para convencê-lo a mudar o voto.

Na AIJE, o Ministério Público Eleitoral pede a cassação do diploma de Cícero Lucena e Léo Bezerra, a aplicação de multa à gerente Wleica da 1ª Gerência Regional de Ensino do Governo do Estado da Paraíba e a inelegibilidade de todos os denunciados por oito anos.

Polêmica Paraíba

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