terça-feira, 3 de novembro de 2020

Rocha pode conter pistas sobre a origem da vida na Terra

Meteorito que caiu em um lago congelado no Michigan, em 1918, tem compostos orgânicos extraterrestres

Segundo os pesquisadores, a rocha contém milhares de compostos orgânicos que se formaram há bilhões de anos, podendo conter pistas sobre a origem da vida na Terra

Um estudo publicado recentemente na revista Meteoritics & Planetary Science traz importantes informações sobre um meteorito que caiu em um lago congelado em 2018, na cidade norte-americana de Hamburg, no Michigan.

Segundo os pesquisadores, a rocha contém milhares de compostos orgânicos que se formaram há bilhões de anos, podendo conter pistas sobre a origem da vida na Terra.

Na noite de 16 de janeiro de 2018, vários fragmentos caíram em superfícies congeladas de lagos, e, graças ao radar meteorológico, que rastreou a descida e o rompimento da rocha espacial em chamas, os meteoritos foram recuperados alguns dias após a queda.

Coletados por caçadores de meteoritos no lago Strawberry, em Hamburg, os fragmentos de rocha analisados não revelaram praticamente nenhum sinal de intemperismo terrestre (decomposição). Segundo uma das coautoras do estudo, Jennika Greer, da Universidade de Chicago, o fragmento trazido ao Field Museum parecia ter sido coletado diretamente no espaço.

Resultados do estudo

Uma equipe internacional de pesquisadores apressou-se a examinar o meteorito do tamanho de uma noz “enquanto estava fresco”. Esta análise revelou mais de 2 mil moléculas orgânicas datadas do tempo em que nosso sistema solar era jovem, parecidas, segundo os cientistas, com aquelas que podem ter semeado o surgimento da vida microbiana na Terra.

Segundo o autor sênior do estudo, Philipp Heck, da Universidade de Chicago, o meteorito continha 2,6 mil compostos orgânicos ou contendo carbono.

Como a rocha se manteve praticamente inalteradas desde 4,5 bilhões de anos, esses compostos podem ser semelhantes aos que outros meteoritos trouxeram para uma Terra ainda jovem, e que “podem ter sido incorporados à vida”, concluiu Heck.

Tecmundo

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