Patrimônio histórico nas mãos de um paraibano

Comprador que deu lance menor é da Paraíba e aguarda parecer para arrematar Hotel Tambaú: “Esse gigante adormecido vai voltar a sorrir”

Ocorreu na tarde de 29 de outubro, o quarto leilão para o resgate do Hotel Tambaú. O hotel foi arrematado por R$ 40,20 milhões pelo grupo Arnaldo Gaspar, porém, na velocidade da luz, duas horas após o fim do leilão, o grupo desistiu da compra.

O segundo arrematante é o advogado e jornalista Rui Galdino, que aguarda o parecer da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, do Ministério Público do Rio de Janeiro e do administrador da massa falida para arrematar o Hotel Tambaú.  Rui, o único que teve a audácia, em virtude da situação que se encontra o hotel e para que permaneça nas mãos de um paraibano, deu um lance de R$ 20 milhões.

A redação do site Polêmica Paraíba conversou com Rui Galdino. O advogado disse ter ficado surpreso diante da desistência do grupo Arnaldo Gaspar. Rui diz que tem como objetivo resgatar o cartão postal, chamar os funcionários que foram demitidos e reativar o hotel.

O  hotel hoje se encontra em estado de abandono, sem água, sem energia e coberto de lixo, como já foi noticiado no Polêmica Paraíba.

“Vou resgatar um patrimônio histórico que sempre foi dos paraibanos. O Hotel Tambaú, esse gigante adormecido e muito mal tratado nos últimos anos, vai voltar a sorrir e ser o principal ponto de referência turística do nosso estado.” Disse. 

O Hotel Tambaú foi projetado pelo arquiteto Sérgio Bernardes, tem 173 apartamentos e 18.009,05 metros quadrados de área construída. Além disso, o hotel tem lojas internas, anfiteatro, piscinas, quadras esportivas, salão para festas e eventos, salas para reuniões, boate, bar à beira mar, restaurante e estacionamento.

Segundo a decisão judicial, o eventual comprador do Hotel Tambaú poderá pagar o valor do lance  à vista ou parcelado. Se parcelado, deverá dar 25% de entrada e o restante dividir em 12 parcelas com juros de 1% ao mês.

Conforme o edital de licitação, o imóvel consta na penhora de ação de execução fiscal movida pela União e de reclamações trabalhistas, além de estarem inscritos débitos referentes aos exercícios de 2014 a 2019 na Secretaria do Patrimônio da União e inscrições na Prefeitura de João Pessoa, onde constam débitos de IPTU no valor de R$ 4,9 milhões.

Polêmica Paraíba - Publicado por: Suedna Lira