Dólar quebra novo recorde ao disparar e atingir R$ 5,79 na manhã desta quinta-feira
O
dólar abriu as negociações desta quinta-feira, 7, em alta superior a
1,5%, cotado a R$ 5,79, mais novo recorde nominal, quando não se
desconta a inflação. A moeda americana se mantém acima de R$ 5,70,
patamar atingido na última quarta-feira, 06, dia em que, pela primeira
vez, o câmbio fechou neste valor.
Para
se ter uma ideia da valorização dólar, ou da desvalorização do real
frente à moeda externa, no início do ano, em janeiro, o câmbio girava em
torno de R$ 4. Apenas em março que a barreira de R$ 5, para o dólar e
também para o euro, foi ultrapassada, em meio às tensões dos mercados
globais em relação às incertezas do novo coronavírus, causador da
covid-19. Desde o final de fevereiro e começo de março, a moeda nacional
vem se desvalorizando e os mercados como um todo, não só o brasileiro,
vêm “derretendo”, com, por algumas vezes, índices despencando por dias
seguidos.
Na última quarta, o Copom
fez um corte inesperado de 0,75 ponto da Selic, a 3% ao ano – a maioria
no mercado apostava em 0,50 pp -, e deixou o caminho aberto para outra
redução do mesmo tamanho em junho. Essa perspectiva deve achatar o
diferencial de juro interno e exterior, afastando ainda mais o
investidor estrangeiro do Brasil. Pode apoiar nova alta também da moeda
americana a percepção nebulosa sobre o cenário político, fiscal e
sanitário no Brasil.
As Bolsas
da Europa abriram as negociações em alta, de maneira moderada, na manhã
desta quinta-feira, 7. Alguns fatores contribuem para esse cenário. O
primeiro deles é um resultado mais positivo do que o esperado para as
exportações da China para o mês de abril. A expectativa era de uma queda
forte, mas houve aumento de 3,5%. Nas importações, porém, o tombo foi
grande, 14,2%, resultado mais alinhado com as projeções.
Fonte: Estadão - Créditos: SILVANA ROCHA, LUCIANA XAVIER, SERGIO CALDAS E FELIPE SIQUEIRA - Publicado por: Anderson Costa
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