Congresso Nacional ameaça deixar caducar seis Medidas Provisórias em resposta a Jair Bolsonaro
O
Congresso Nacional começou a contra-atacar o presidente Jair Bolsonaro,
que em menos de 24 horas insultou a Câmara dos Deputados e o Supremo
Tribunal Federal (STF). O Executivo conta com a aprovação de seis
medidas provisórias nos próximos dias, mas a tendência é que tanto o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quanto o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deixem as MPs perderem validade.
Rodrigo
Maia esteve reunido com líderes da oposição e acatou o pedido deles
para que não sejam pautadas em Plenário seis medidas provisórias com
conteúdos polêmicos enviados pelo Governo. No Senado, Alcolumbre recebeu
11 lideres que, em consonância com o que foi acordado na Câmara, também
pediram pela não votação da MP da carteira de trabalho verde e amarelo.
Os insultos de Bolsonaro, somados com as brigas internas entre Câmara e
Senado, fizeram com que Davi retirasse de pauta a MP.
A MP
914/2019 trata sobre o processo de escolha dos dirigentes das
universidades federais, dos institutos federais e do Colégio Pedro II. A
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) e o Grupo de
Trabalho Educação em Direitos Humanos, do Ministério Público Federal, já
haviam emitido parecer em que afirmam que a MP viola o princípio de
gestão democrática das instituições de ensino federal.
A MP
915/2019, altera os procedimentos de gestão e alienação dos imóveis da
União e estava sendo considerada pelo governo como uma das medidas
prioritárias.
A MP 922/2020 altera as regras de contratação
temporária no serviço público. A medida é uma resposta, sobretudo, ao
acúmulo de processos que tem gerado fila para o atendimento no INSS.
A
MP 923/2020 autoriza a distribuição gratuita de prêmios a título de
propaganda quando efetuada mediante sorteio, vale-brinde, concurso ou
operação assemelhada, pelas redes nacionais de televisão aberta.
A
MP 910/2019, batizada pelos ruralistas de MP da Regularização Fundiária
e pelos ambientalistas de MP da Grilagem, não deve ser pautada em
Plenário.
E
os senadores decidiram não votar nesta sexta-feira (17) a medida
provisória que cria a chamada carteira de trabalho verde e amarelo (MP
905/2019). A MP vence na próxima segunda-feira (20) e, se não for
aprovada até lá, perde a validade, extinguindo o programa criado pelo
Governo Federal para estimular a contratação de trabalhadores entre 15 e
29 anos.
Fonte: Congresso em Foco
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