DIVIDIDA, OPOSIÇÃO DE JURU ESTÁ MAIS PERDIDA DO QUE 'CEGO EM TIROTEIO' E NÃO CHEGARÁ A LUGAR ALGUM SE NÃO HOUVER CONSENSO
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Unidos, o vice-prefeito Eduardo Pires e o empresário Milton Miguel teriam chances concretas de vencer o pleito eleitoral de 04 de outubro. Separados, porém, não chegarão a lugar algum - Foto: Reprodução |
Com o fim dos prazos do calendário eleitoral de 2020 para este início de mês, previstos na Resolução TSE nº 23.606/2019 e válidos para a data-limite da chamada 'janela partidária' assim como para o encerramento do prazo de filiação partidária que terminaram na última sexta-feira (03) e no sábado (04), respectivamente, no município de Juru continua a indefinição sobre o candidato da oposição que deverá disputar a sucessão do prefeito Luis Galvão.
Perdidos mais do que 'cego em tiroteio' a seis meses do pleito de 04 de outubro, os principais personagens do bloco oposicionista não conseguem encontrar um rumo que os leve ao enfrentamento em pé de igualdade contra aquele ou aquela que o atual prefeito apoiar - visto que o mesmo ainda tem capilaridade eleitoral capaz de eleger o seu sucessor, principalmente diante de uma oposição desunida.
Houvesse, no entanto, uma candidatura de consenso, a possibilidade de vitória da oposição seria algo concreto. Todavia, não chegará a lugar algum dividida, mesmo diante do desgaste do atual gestor ao final dos quase oito anos de governo.
O dissenso se dá entre os dois principais nomes da oposição juruense nessas eleições: de um lado o empresário Milton Miguel, um neófito que prega o combate a "velha política", e do outro o vice-prefeito Eduardo Pires, que recentemente rompeu com o prefeito Luis Galvão. Ao primeiro, apesar de bem avaliado pelos eleitores entrevistados nas últimas pesquisas de intenção de voto, falta habilidade para formação de um grupo político capaz de vencer a eleição. Já ao atual vice-prefeito, pesa em seu desfavor o frágil desempenho entre os entrevistados nessas mesmas pesquisas, apesar dele contar com um expressivo apoio de vereadores e pré-candidatos ao legislativo.
Há de se considerar ainda, que o ex-prefeito Buéga e o vereador Manoel Araújo, que também se apresentam como opositores a Luis Galvão, ainda insistem em se candidatar ao cargo de chefe do executivo mesmo sem expressão eleitoral para lograrem êxito. Buéga, querendo resgatar dividendos das duas vezes que foi eleito prefeito, enquanto Manoel passa a pregar o nome do seu filho, o jovem engenheiro civil Wellington Araújo, como pré-candidato à prefeitura.
Até as convenções partidárias, que deverão acontecer entre 20 de julho a 05 de agosto, se não for tarde demais ainda há tempo para que haja bom senso e se evite esse verdadeiro 'balaio de gato' em um barco à deriva prestes a afundar.
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