domingo, 9 de fevereiro de 2020

Eleitores juruenses estão fartos da ineficiência política

EM JURU TEM QUEM PENSE QUE SER OPOSIÇÃO É APENAS SER DO CONTRA PORQUE TEVE INTERESSES POLÍTICOS CONTRARIADOS

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Já dizia o alemão Bertold Brecht: "O pior analfabeto é o analfabeto político", aquele que critica os políticos mas esquece suas mazelas e vota neles no dia da eleição
As eleições municipais serão em 04 de outubro deste ano, e o segundo turno, onde houver, será no dia 25 do mesmo mês. Faltam, portanto, menos de oito meses para os mais de 146 milhões de eleitores dos 5.570 municípios brasileiros irem às urnas para escolher prefeito, vice e vereadores. 
Vale ressaltar, que o segundo turno só pode acontecer quando, em municípios com mais de 200 mil eleitores, nenhum candidato alcança maioria absoluta dos votos válidos no primeiro turno. O segundo turno é, então, disputado entre os dois candidatos mais votados no primeiro domingo de outubro.
Em Juru, no Sertão da Paraíba, parece que alguns dos pretensos candidatos desconhecem essa regra e, sem nenhuma perspectiva de vitória, se lançam na disputa pelo comando do município como se houvesse segundo turno e depois tivessem oportunidade de se aglomerar em torno de um dos dois nomes mais votados em 04 de outubro. 
Ledo engano de quem assim imagina.
Nesse contexto, surgem candidaturas que repentinamente se dizem oposicionistas, quando os seus personagens sequer conhecem a importância das palavras "oposição" e "situação", como se tais expressões caracterizassem apenas aqueles políticos que são a favor ou contra o governo. Apesar de muito comuns, esse tipo de político se diz oposicionista pelo simples fato de ter os seus interesses contrariados pelo mandatário de plantão.
Não basta, pois, apenas dizer que é candidato de oposição e, de uma hora para outra, começar a falar mal de quem está no poder pelo simples fato de ambicionar o lugar dele. É preciso muito mais do que isso, principalmente capacidade para o exercício do cargo e ter serviços prestados a população. 
O eleitor está atento. Posicionar-se contra ou a favor é uma ação política que precisa de justificativa para que o gesto de quem tomou tal iniciativa seja entendido - mudar de lado apenas como quem muda de roupa, nada justifica. Oposição, no entanto, quando bem executada, é benéfica e faz parte do processo democrático para que haja acompanhamento e cobranças das ações governamentais. Não se pode, pois, compreender oposição e situação como aquele que está certo e aquele que está errado. 
Não é difícil perceber que os cidadãos juruenses estão fartos da ineficiência política de quem detém mandato eletivo há um bom tempo. A maior prova disso está no resultado de recentes pesquisas de intenção de voto que mostram mais de 50% dos eleitores pesquisados sem preferência pelos nomes apresentados, com fortes indícios de que serão execrados da vida pública aqueles que esquecem que sua missão é representar o povo, apoiando, debatendo, sugerindo e acompanhando estratégias para o bem estar da sociedade. 
Contudo, para que haja essa mudança que se faz tão necessária, é preciso que cada um de nós deixe de ser 'analfabeto político' para aprender que temos direitos e deveres: o direito de votar e o dever de cobrar dos eleitos. Já dizia, pois, o alemão Bertold Brecht: "O pior analfabeto é o analfabeto político", aquele que critica os políticos mas esquece suas mazelas e sufraga o seu nome no dia da eleição. 

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