sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Deputado que ofendeu Moro será levado ao Conselho de Ética

Capitão Augusto diz que vai ingressar no Conselho de Ética contra Glauber Braga por ofensas ao ministro Sérgio Moro

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) se referiu ao ministro da Justiça, Sergio Moro, como ‘capanga da milícia’ e protagonizou uma discussão generalizada na Comissão Especial que analisa a prisão em segunda instância 



Cleia Viana/Câmara dos Deputados - Capitão Augusto
O deputado Capitão Augusto (PL-SP) afirmou, durante entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, na última quarta-feira (12), que ingressará com uma representação contra os atos do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) no Conselho de Ética da Câmara.
O parlamentar do PSOL protagonizou mais cedo uma acalorada discussão com demais parlamentares durante uma Comissão Especial da Casa que discute a prisão após condenação em segunda instância.
Braga chamou o ministro da Justiça, Sergio Moro, de “capanga da milícia”, “capanga da família Bolsonaro” e “mentiroso”. Moro, que havia sido convidado para o debate, rebateu e afirmou que o deputado era “um desqualificado”.
Em seguida, outros parlamentares passaram a responder às acusações de Braga a Moro, e o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PL-AM), declarou encerrada a sessão. Houve até ameaça de agressão.
Para o Capitão Augusto, o comportamento de Braga não é aceitável. “Esse é um parlamentar que adora um showzinho e aproveitou a presença do ministro Sergio Moro para fazer esse teatro ofensivo ao ministro. A gente não pode se calar diante disso”, disse. “Acabei de falar na tribuna da Câmara e vou ingressar no Conselho de Ética contra os atos dele [Glauber Braga]”, completou o Capitão.
No entendimento dele, a chamada imunidade parlamentar não abrange ofensas, apenas opiniões. “A imunidade parlamentar é para opinião. E não para esse tipo de ofensa e acusação. Ele deveria responder criminalmente às graves acusações que fez contra o ministro Sergio Moro. Não podemos permitir um tratamento tão desrespeitoso com uma das figuras mais ilustres do Brasil”, afirmou.
Para o deputado, a Casa deve adotar medidas mais duras diante de comportamentos como o de Braga. “Ele não faz nada aqui e fica aguardando as câmeras para montar seu show. A Casa precisa de medidas mais duras diante disso”, ressaltou.
Sobre a suposta ligação da família Bolsonaro com milícias do Rio de Janeiro, o deputado afirmou que é preciso deixar “a Justiça apurar”.
“A Polícia e a Justiça estão apurando e a família que tem a maior lupa em cima disso é a do Bolsonaro. Isso compete à Justiça, que até agora não encontrou nada. Não tem um indiciamento. Eu prefiro, por conhecer o presidente Jair Bolsonaro, dar meu total voto de confiança. Esses parlamentares paladinos da Justiça foram os que ficaram caladinhos enquanto o PT roubava o Brasil”, acrescentou.
Blog JURU EM DESTAQUE - Por Jovem Pan

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