Ministro do Supremo Tribunal Federal afirma que Wilson Santiago colocou mandato a serviço de agenda criminosa
O
ministro Celso de Mello afirmou que o deputado Wilson Santigo, do PTB
da Paraíba, pôs seu mandato a serviço de uma agenda criminosa. A
avaliação foi feita pelo ministro ao determinar o afastamento do
parlamentar, que foi alvo da Operação Pés de Barro, em dezembro.
Na volta do recesso, em fevereiro, o plenário da Câmara vai decidir se mantém ou não o afastamento de Santiago.
Desse
modo, o conjunto de dados indiciários antes referido – registrados em
arquivos de som e imagem – parece indicar, em suporte ao pedido de
afastamento cautelar do mandato parlamentar ora em análise, que o
congressista sob investigação pôs seu mandato a serviço de uma agenda
criminosa, em ordem a dar concreção, no plano factual, à sua aparente
“auri sacra fames”, degradando-se o ofício legislativo, em tal contexto
delinquencial, à subalterna condição de instrumento destinado a
alimentar corruptas venalidades”, escreveu o ministro.
A Polícia Federal chegou
a pedir a prisão do deputado, mas Celso de Mello considerou o
afastamento da Câmara como medida mais adequada diante da “probabilidade
de utilização das prerrogativas inerentes
ao ofício parlamentar para o fim espúrio de propiciar, em favor do
congressista em referência, a continuidade e a subsistência do
aparente esquema de corrupção instaurado por esse investigado, cujo
alegado plano criminoso, por ele próprio concebido, teria encontrado
suporte,segundo se sustenta, nas atividades de estruturada organização criminosa”.
O decano afirmou ainda que ao que tudo indica, o deputado “convertera o seu mandato parlamentar
em plataforma de ações delituosas, dirigidas, todas elas, para o fim de
obter, à margem das leis da República, inadmissíveis (e criminosas)
vantagens de caráter pessoal”.
Celso de Mello cita as imagens de assessores recebendo suposta propina do empresário que delatou o esquema.
Fonte: O Antagonista - Publicado por: Gerlane Neto
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