Confesso consumidor de drogas, se continuasse preso Ivan Burity precisaria de cuidados médicos para evitar crises de abstinência
Ivan Burity é um confesso consumidor de drogas e precisaria de cuidados médicos se continuasse preso |
A noticia que circulou nos bastidores sobre um surto psicótico
sofrido pelo ex-secretário Ivan Burity na prisão em 19 de outubro do ano passado, preocupou haja vista ser o então preso de Justiça um declarado consumidor de
drogas (maconha) e que ele teria sofrido na verdade uma crise de
abstinência.
Na época, preso há mais de uma semana, provavelmente Ivan estava sem acesso à
droga e isso teria provocado a crise de abstinência que assustou o
presídio e os responsáveis pela sua guarda e integridade. Ivan foi
socorrido pelo Samu, porém, mais nada foi revelado sobre seu estado de
saúde.
O quadro clínico do ex-secretário que se encontrava preso pela Operação Calvário não
foi divulgado pelas autoridades, e não se sabia se Ivan permaneceria no
presídio ou se seria encaminhado para algum hospital da cidade.
Além de usuário de droga, sem discrição, Ivan também estava abatido
moralmente pelo envolvimento com o que foi desbaratado pelas operações
policiais, e a depressão também teria contribuído para o surto que o
acometeu na hora do café no presídio.
Outro aspecto que preocupou e deve ter acelerado as providências cabíveis é
que há um histórico de suicídios na família do ex-secretário e só pela
gravidade da situação estava sendo colocado em evidência: Ivan perdeu dois
irmão nessas circunstâncias de depressão extremada, o que aumentou os
cuidados com sua integridade física, já visivelmente abalada a partir do
surto psicótico sofrido naquele dia.
Abstinência
Há estudos médicos que confirmam que a crise de abstinência,
dependendo do grau de dependência, pode levar à morte se não houver
atendimento médico especializado e imediato.
Por tudo o que representou dentro das investigações e por tudo o que
poderia revelar num acordo de delação, essa situação de saúde de Ivan poderia ser a oportunidade que muita gente almejaria para calar o ex-secretário.
Se permanecesse no presídio sem acompanhamento médico, Ivan poderia ser
vítima do desleixo proposital e da falta de socorro a tempo, e os
desdobramentos poderiam ser fatais para quem tinha tanto a revelar, o que
seria o desfecho ideal para alguns suspeitos ainda não delatados.
A Raposa e o Galinheiro
Outro aspecto ressaltado: Ivan estava sendo custodiado por um
efetivo policial criado por uma gestão de continuidade que herdou uma
herança suspeitíssima em termos de integridade e confiabilidade.
O efetivo criado para guardar presos de justiça estava estreitamente
vinculado a auxiliares que serviram uma gestão em decomposição moral e
que, do ponto de vista da credibilidade é zero, principalmente em
situações como essa, onde fica evidente que a raposa poderia estar tomando
conta do galinheiro.
Pelo avanço das investigações, provando que o Governo de João Azevêdo estava contaminado em todos os setores, em decorrência da politica de
continuidade, e voltando àquela proibição da Justiça de não permitir a
entrada do comandante geral, coronel Euller Chaves, nas dependências do
quartel, onde ficou presa Livânia Farias, seria de se perguntar qual o grau
de isenção que apresentava a Polícia Militar para dar garantias a um preso
da projeção e importância de Ivan na colaboração espontânea para
aprofundar as investigações.
Ivan, para sua segurança deveria ter sido custodiado por forças não
relacionadas ao estado, já que a continuidade mergulhou a atual gestão
num mundo de suspeição e escândalos que as investigações do Gaeco
desvendaram.
Para o bem do ex-secretário e para lisura e isenção das investigações, ele não poderia ficar na guarda de um Estado que está sendo investigado e cujo
acesso ao preso é pleno; e o que valeu para Livânia teria que valer para
ele, mas ainda por todas as circunstância apresentadas, que
apontavam para uma grave crise psicótica e pelo passado de suicídios na
sua família.
A Justiça teve que tomar as devidas providências para garantir a
integridade física e mental do ex-secretário preso e encontrar uma medida que pudesse evitar outros surtos de abstinência, porque com certeza o que aconteceu iria se repetir e poderia ter um desfecho muito favorável para quem
não queria as revelações que foram feitas por ele sobre o propinoduto da
gestão passada.
Na prisão, Ivan Burity não teria os cuidados médicos necessários para as crises de abstinência |
Nenhum comentário:
Postar um comentário