No Twitter, Jair Bolsonaro chama o ex-presidente Lula de ‘canalha’ e liga sua eleição a Sérgio Moro
O presidente evitou, entretanto, citar nome do líder petista, que foi solto nesta sexta-feira
Em sua primeira manifestação relacionada à soltura do ex-presidente Lula, o presidente Jair Bolsonaro (PSL)
referiu-se ao petista como “canalha” — embora sem citar o nome do rival
— e publicou um vídeo em que enaltece o trabalho do ministro Sergio
Moro (Justiça) quando este era juiz federal.
“Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos
cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se torna
num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos. Não dê
munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de
culpa”, escreveu o presidente.
No vídeo que publicou juntou à mensagem, Bolsonaro elogiou Moro e
relembrou de um “incidente”, nas palavras do presidente, em que os dois
se encontraram em um aeroporto em 2017, quando o então juiz federal não
cumprimentou o então deputado federal.
“[Moro] não poderia se aproximar de políticos. Se essa missão dele
não fosse bem cumprida eu não estaria aqui”, disse Bolsonaro no
discurso. “Em parte do que acontece na política do Brasil, devemos a
Sergio Moro”, concluiu o presidente. Hoje ministro, Moro foi responsável
pela condenação de Lula no processo o tríplex do Guarujá.
O elogio do presidente a Moro foi feito durante uma cerimônia
de formatura de policiais federais. Os filhos de Bolsonaro Eduardo e
Carlos, criticaram a decisão de soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro da Justiça também se manifestou após a soltura de Lula e
disse que a decisão do Supremo Tribunal Federal que impediu a prisão
após condenação em segunda instância poderá ser alterada por
parlamentares.
“Lutar pela Justiça e pela segurança pública não é tarefa
fácil. Previsíveis vitórias e revezes (sic). Preferimos a primeira e
lamentamos a segunda, mas nunca desistiremos.A decisão do STF deve ser
respeitada, mas pode ser alterada, como o próprio Min.
Toffoli,reconheceu, pelo Congresso”, tuitou.
Após 580 dias preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou
nesta sexta-feira, 8, a Superintendência da Polícia Federal em
Curitiba, onde estava detido para cumprir a pena de 8 anos, 10 meses e
20 dias imposta a ele no processo da Operação Lava Jato referente ao tríplex do Guarujá (SP).
O petista participará de um ato neste sábado, 7, a partir das 13h, na
sede do sindicato dos metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP)
Veja - Por Leonardo Lellis
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