Bolsonaro defende aumento de 20 para 40 pontos para cassar Carteira Nacional de Habilitação
Presidente também afirmou que o projeto de excludente de ilicitude enviado ao Congreso só vale para operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)

(Mauro Pimentel/AFP)
Em aceno aos caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro
voltou a defender, nesta sexta-feira 22, propostas de mudanças no
Código de Trânsito Brasileiro, que incluem aumento do número de pontos
para se ter a carteira de motorista cassada e um prazo duas vezes maior
na validade do documento.
“A gente apresenta o projeto e os parlamentares emendam. A alma do
projeto é passar de cinco para dez anos a validade da carteira de
motorista, e passar de 20 para 40 pontos a possibilidade de se perder a
carteira”, explicou o presidente. “Os caminhoneiros rodam o país todo e
perdem rapidamente a carteira de motorista”, sustentou.
Outra mudança defendida por ele é na aplicação de multas por excesso
de velocidade. “Por decisão minha, junto com o Denatran, (pedi) a
suspensão das multas por radares móveis.”
Garantias da Lei e da Ordem
O presidente também defendeu o projeto que prevê excludente de ilicitude
para militares e agentes de segurança, dizendo que a medida será
exclusiva para casos ocorridos em operações de Garantia da Lei e da
Ordem (GLO). Ele negou que casos como o do policial militar acusado de
ter disparado o tiro que matou a menina Ágatha Félix, de apenas 8 anos,
possam ser enquadrados na nova lei.
“O projeto nosso trata de GLO e quem estiver conosco nessa operação”,
afirmou Bolsonaro, após proferir palestra na Escola de Comando e Estado
Maior do Exército, na Urca, zona sul do Rio. “
“Não é justo, por exemplo – vou citar o caso das Forças Armadas -, um
garoto de 20 anos de idade, torce pro Flamengo, tem sua namorada, vai
pra praia no fim de semana, e numa operação GLO acontece um imprevisto
numa área urbana, você é submetido a uma auditoria militar e pega de 12 a
30 anos de cadeia. Isso não é justo”, defendeu.
O presidente garantiu ainda que todos os casos serão analisados.
“Nenhum militar vai sair cometendo absurdos e excessos. Isso não passa
por nossas cabeças. Um possível excesso doloso teria punição”, afirmou.
(Com Estadão Conteúdo)
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