Turista moneiro fica com manchas no corpo após banho em praia do Nordeste
Um turista mineiro ficou com manchas no corpo após se banhar na praia de Corurupe, em Ilhéus, no sul da Bahia, no sábado, 2.
Em
entrevista ao G1, Anderson Gabriel, 38 anos, contou que caminhava
sozinho na praia quando decidiu tomar um banho de mar. O turista conta
que ficou dentro da água por cerca de 40 minutos e saiu quando o corpo
começou a arder.
A Vigilância em
Saúde Ambiental de Ilhéus investiga se o caso do turista tem relação com
as manchas de óleo que atingem o município.
Em
nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus recomenda aos turistas
que entrarem em contato com o óleo. Se houver reação alérgica, ou
ingestão incidental, é preciso procurar um posto de saúde mais próximo.
Recomenda-se usar água e sabão, fazer fricção mecânica e evitar retirar o
produto com soluções tóxicas.
Desde
que manchas de óleo cru começaram a atingir o litoral, em agosto, foram
retiradas aproximadamente 3,8 mil toneladas de resíduos de óleo das
praias nordestinas.
Todos
os estados do Nordeste já tiveram praias atingidas pelo óleo. Novas
manchas começaram a atingir o litoral da sul Bahia nos últimos dias.
Cuidados necessários
O
óleo traz substâncias perigosas e que podem trazer riscos à saúde
humana, fazendo com que deva ser evitado o contato com a pele. Ele pode
gerar alergias ou até, dependendo da absorção da pele, entrar na
corrente sanguínea e trazer danos. Em casos mais severos pode inclusive
levar ao câncer.
“Estou vendo em
campo muita gente engajada em ajudar a limpar as praias, mas é
importante que as pessoas que querem ajudar verifiquem se de fato têm os
equipamentos de proteção individual [EPIs] adequados“, diz Ícaro
Moreira, professor e pesquisador do Departamento de Engenharia Ambiental
da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Materiais que devem ser usados e recomendações:
–
Uso de máscaras (principalmente no horário do início da tarde, quando é
mais quente, pois no contato com sol o óleo libera vapores altamente
tóxicos);
– Luvas de PVC (não usar luvas cirúrgicas);
– Botas (de plástico ou outro material impermeável). Não usar tênis, bota de trilha nem ir descalço;
– Usar calças (não traje de banho). Se sujar a roupa, ela deve ser descartada;
– Carro de mão para armazenar o material retirado;
– Pás adequadas (de plástico ou inox);
–
Armazenar o material em tambores, bombonas ou tonéis e deixar o
material fechado, pois trata-se de material inflamável (não usar saco de
lixo de plástico, pois o óleo pode rasgar os sacos). A destinação deve
ser definida pelo Ibama e cabe ao município cumprir;
–
Ao ver um animal afetado pelo óleo, não o devolva para o mar nem tente
fazer nenhum procedimento, a não ser uma manobra de emergência para
retirar o óleo de vias respiratórias. É importante manter o animal na
sombra e hidratado. Procure especialistas, órgãos ambientais ou
organizações que podem realizar os procedimentos adequados;
–
É complicado retirar o óleo de rochas. Evite subir nestes locais que
podem ocasionar quedas. Uma forma de limpar é com jato de água quente,
pois é necessário muita força para conseguir extrair o material. Quando o
material escoar, use material absorvente, como tecidos ou até
biofibras, como fibra de coco que se aderem ao óleo;
–
Em situações em que o óleo esteja mais fluido, é possível usar
materiais absorventes, como tecidos e também fibra de coco. Este óleo
pode ser reaproveitado e deve ser armazenado em local diferente daqueles
não fluidos.
Fonte: MSN - Publicado por: Érika Soares
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