terça-feira, 19 de novembro de 2019

Floresta em pé vale mais do que derrubada

Fundação XPrize dará prêmio de 10 milhões de dólares para proteger florestas tropicais

As inscrições serão encerradas em junho de 2020 e pessoas de qualquer lugar do mundo podem participar. Amazônia pode ser beneficiada com a iniciativa

A Fundação XPrize, fundada pelo engenheiro e empresário norte-americano Peter Diamandis (confira entrevista que ele concedeu à seção Páginas Amarelas), lançou uma competição para estimular a criação de soluções que demonstrem que a floresta em pé vale mais do que derrubada. Qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, poderá se inscrever até junho de 2020. O objetivo é que sejam desenvolvidas tecnologias acessíveis para o mapeamento completo da biodiversidade das florestas tropicais. O catálogo permitirá a criação de soluções que acelerem a chamada de bioeconomia.
De acordo com a diretora-executiva da Rainforest XPRIZE, Jyotika Virmani, e Ph.D em oceanografia, “apesar de sua importância em apoiar a vida na Terra, as florestas tropicais são subvalorizadas porque ainda não sabemos tudo o que existe nesse ecossistema ancestral. Nosso objetivo é que o prêmio forneça um novo entendimento e revele o verdadeiro potencial da floresta em pé, permitindo que as comunidades locais mostrem o caminho para todos nós vivermos em harmonia com o antigo ecossistema”.
O prazo para as equipes se inscreverem no prêmio é 30 de junho de 2020. Entre 1 de julho a 30 de setembro de 2020, os grupos poderão solicitar o registro tardio, que será aceito ou não, a critério do XPrize. Serão distribuídos 10 milhões de dólares, incluindo 500 mil dólares para premiar abordagens inovadoras de identificação de espécies. Os dez finalistas selecionados também serão premiados.
De acordo com o XPrize, a equipe vencedora precisará desenvolver uma tecnologia que mapeie a biodiversidade em pelo menos três camadas de uma floresta tropical: copa, sub-bosque e no chão da floresta. Essa tecnologia deverá ser capaz de rastrear o maior número possível de dados da biodiversidade, em até 8 horas, para produzir ainda o maior número de informações, em até 48 horas. As ideias podem incluir, por exemplo, novas relações ecológicas, conexão entre biodiversidade e clima, descobertas antropológicas, ou mesmo novas relações sociais com a floresta intacta.
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